sábado, 15 de junho de 2013

Sobre o que há

            O problema ontológico se resume em “o que há”. Mas pode ser  resolvido talvez por nós  com uma única  palavra “tudo”. Tudo seria dizer que há o que há. Portanto quem defende o problema ontológico sofre desvantagem. Sendo quem admiti o não ser em algum sentido ele é ser, se não o que seria o não ser? Você pensa em algo e logo existe. 
McX e Quine  discordam da antologia. McX  sustenta haver algo e já Quine sustenta não haver. McX diz que “eu me recuso a reconhecer certas  entidades” (Quine, p.223).. Já Quine rejeita esta formulação pois sustenta não haver algo. Porque se apenas descordasse alegaria reconhecer esse algo.
Entra se aqui a doutrina da “barba de Platão”onde ele coloca o não ser.o problema é ao admitir  “não-ser em algum sentido admiti o ser, caso contrário o que seria o não ser?” (Quine, p.223)
 Usando um exemplo, “se Pégaso fosse, não estaria falando de nada quando usamos essas palavras, portanto, não teria sentido nem mesmo que Pégaso não é. Acreditando ter assim mostrado que a negação de Pégaso não pode ser coerentemente mentida, conclui que Pégaso é.” (Quine, p.224).
            Mcx confunde o Paternon com a idéia-Paternon. Paternon é físico a idéia-Paternon é mental, Paternon é visível a idéia-Paternon invisível. Mentes mais sutis tomando este ponto de partida, digamos Sr.y. Pégaso afirma Sr.y possui qualidade de possível não realizado. Dizer que Pégaso não é real é algo logicamente análogo cuja entidade o ser não se questiona.
Sr.y quer arruinar a palavra “existir” ele limita a palavra “existência” a realidade, “existir” não existe pois se existisse estaria no espaço e tempo, aplicamos a conotação espaço e temporal as coisas que achamos que existem.
Portanto a idéia de Pégaso deve ser, pois se não fosse, não haveria nem sentido em falar “Pégaso não é”. Na verdade o sentido aqui é que pégaso não possui o atributo específico da realidade. Assim vão sendo colocados vários problemas ao quais não podemos resolver mas podemos impor os advérbios, como o “possivelmente”. Com isso teremos algum  progresso afetivo nesses análises possíveis.
“Se ao menos que Pégaso fosse, não tivesse sentido dizer que ele não é, então, pelo mesmo motivo, a menos que aacúpula redonda e quadrada de Berkeley College fosse não teria sentido dizer que ela não é” (Quine, p.225). Mas aqui se entra uma tentativa de saída dos defensores da “barba de platão”com a doutrinada assignificatividade das contradições, ou seja, em alguns casos as contradições são aceitáveis. A doutrina da “assignificatividade” apresenta desvantagens metodológica de tornar impossível por principio, que alguém algum dia elabore um teste efetivo e significativo.
Russell trás a teoria das descrições. É definida como algo  que funciona como nome. Exemplo “a camisa de número nove da seleção brasileira”. Em si esta frase, ou melhor este exemplo funciona quase como um nome.
As expressão se oferece como um todo nos enunciado, seja ele verdadeiro ou falso.   São palavras ou variáveis ligadas, constituem naturalmente uma parte básica da linguagem e sua significatividade. O enunciado “A cúpula redonda e quadrada de Berkely College não é” analisado de maneira análoga arruína-se assim a velha idéia que enunciados de não ser se auto destroem.
Quanto a Pégaso, sendo uma palavra não se pode se aplicar imediatamente, mais antes devemos ser capazes de traduzir esta palavra em termos de uma descrição.
O Sr. Y e McX colocam que se “comprometermos com uma ontologia que contém Pégaso, quando dizemos que “Pégaso é”. Mas não nos comprometemos com uma ontologia que contém Pégaso, quase dizemos que pégaso não é” (Quine, p.227). e se levanta que um termo singular não precisa nomear para ser significante.
Com o exemplo de Frege, Sr.y e Mcx percebem que há um abismo entre significar e nomear. “A expressão estrela da tarde nomeia um certo objeto físico, grande e esférico, que se move no espaço. A estrela da tarde nomeia a mesmo coisa tal como estabeleceu possivelmente um babilônico observador. Mas não se pode considerar que as duas tenha o mesmo significado. Caso contrario aquele babilônico poderia ter dispensado suas observações e ter se contentado em refletir sobre o significado das palavras” (Quine, p.228).
Voltando ao problema antológico dos universais, McX acredita que há entidades tais como atributos, relações, classes, números, funções. Falando de atributos ele diz que “Há casas vermelhos, rosas vermelhas. E este algo em comum é o que se refere por atributo da vermelhidão”.
            A única forma de nos envolvermos em compromissos ontológicos: pelo uso de variáveis ligadas. O nome não deve ser critério pois pode ser repudiado facilmente, isto é os nomes são irrelevantes. Ser assumido como entidade é ser reconhecido como valor de uma variável.
 Assim é vasta a controvérsia sobre os universais e há três pontos de vista medieval mais importantes aos universais e são designados como: realismo, conceitualismo, nominalismo.
            Realismo “é doutrina platônica que os universais possuem ser de modo independente da mente, a mente pode descobri-los mas não pode cria-los” (Quine, p.231).
            Conceitualismo “há universais mas não são produtos da mente. Fraenkel fala o logicismo afirma que as classes são descobertas, enquanto o intuicismo afirma que elas são inventadas” (Quine, p.231).
            Formalismo, deplora os recursos desenfreado do logicista aos universais, julgo o intuicismo insatisfatório. Emfim coloca que o formalismo conserva matemática clássica como um jogo de conotações no significante.
Observa-se que o tipo de ontologia é relevante. O objetivo não é de saber o que há, mas sim de saber o que uma certa afirmação ou doutrina, diz que há.
            Não é de admirar que controvérsias ontológicas devam levar a controvérsias sobre linguagem. Mas podemos produzir em palavras que “o que há” depende de palavras.
Por fim temos dois esquemas conceituais um fenomenalista que segundo o autor é o mais apropriado e outro fisicalista. Os dois têm sentidos diferentes um epistemológico e outro fisicamente fundamental.

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