Positivismo
Histórico
O positivismo vem do latim
positum que quer dizer pôsto, colocado, em outras palavras significa estar aí.
O positivismo é uma
doutrina filosófica que surgiu durante a metade do XIX. O positivismo admite
como fonte única de conhecimento, a experiência. O positivismo esta dividido em
duas grandes etapas, a primeira etapa é dominada pelas obras de Auguste Comte
apesar de haver uns contrastes entre o positivismo de Comte e o positivismo
lógico do circulo de Viena. Comte institui o Calendário Positivista em que os
santos são os grandes pensadores da História. Comte proclamou-se grande
sacerdote da religião da humanidade.
O adjetivo positivismo vem
a ser o poder, compreendido de diversas maneiras, como o real, evidente, não
admitindo dúvida, como aquilo que se opõe à natureza, bem como à necessidade,
como aquilo que se manifesta na experiência. Para Comte o único método de
conhecimento é o da ciência natural, valendo esta também para o estudo da
sociedade.
A filosofia positivista
possui como única função de sistematizar as diversas investigações científicas.
A filosofia positiva, portanto, deve submeter à sociedade, a uma rigorosa
pesquisa científica, já que somente uma sociologia científica pode ser
Considerada como a única base sólida para a reorganização social. Para Comte o
objetivo da ciência esta nas pesquisas das leis. A lei é necessária para prever
a ação do homem sobre a natureza.
O positivismo se expande
por toda a Europa, dominando boa parte da cultura local. Foi uma época de paz substancial
e ao mesmo tempo uma época de expansão colonial pela Ásia e pela África. E com
isso a Europa consumou sua transformação industrial. As cidades se
multiplicaram, quebrando o equilíbrio entre o campo e a cidade. A medicina
achou a cura a varia doença infecciosa. A revolução industrial mudou
radicalmente o modo de vida da Europa.
A ciência se entrelaçou
com a revolução industrial, dando à tecnologia as indústrias e essas aumentavam
a produtividade. “Substancial estabelecida na política, o processo de
industrialização e o desenvolvimento da ciência e da tecnologia constituem os
pilares do meio sócio-cultural que o positivismo interpreta, exalta e
favorece.” [1].
Os grandes males da
sociedade não tardarão para aparecer, como os desequilíbrios sociais. Mais se
acreditava que, com o crescimento do saber, este que se deve desenvolvido desde
a educação popular, tais males seriam eliminados.
- O
positivismo situa-se em transições culturais diferentes: Na França
inseriu-se no racionalismo; na Inglaterra se desenvolveu inserindo-se na
tradição empirista e utilitarista; na Alemanha assume a forma de
cientificismo e de monismo materialista; na Itália aprofunda suas raízes
no naturalismo renascentista. Mais detalhes, destes itens após os pontos
em comuns. Apesar de tais diversidades o positivismo apresenta traços
comuns. Segue alguns de traços a baixos:
- Diversamente
do idealismo; nos conhecemos aquilo que as ciências nos dão a conhecer.
- O
método das ciências naturais; o único método de conhecimento. E se estuda
a natureza e a sociedade.
- Ciência
dos fatos naturais; que estuda a sociedade e esta que vem a ser as
relações humanas e sociais e portanto a sociologia passa a ser fruto
qualificado do programa filosófico positivista.
- O
positivismo coloca a ciência, a longo tempo, como o único meio de se
resolver todos os problemas, sendo humanos ou sociais. Afirma a unidade do
método científico.
- Era
que perpassa o otimismo geral; brota a certeza de um progresso incontível,
rumo ao bem-estar da sociedade repleta de solidariedade humana.
- Concepção
leiga que poderia-se conhecer tudo, sem as teorias teológicas.
- O
positivismo combateu as concepções idealista e espiritualista.
O positivismo é, portanto
uma Filosofia determinista que professa, de um lado, o experimentalismo
sistemático e, de outro, considera anti-científico todo o estudo das causas
finais. Assim, admite que o espírito humano seja capaz de atingir verdades
positivas ou de ordem experimental, mas não resolve as questões metafísicas,
não verificadas pela observação e pela experiência.
2. POSITIVISMO NA
FRANÇA
2.1 AUGUSTO COMTE
Augusto Comte (68 anos) Nasce em Montpellier em 19 de Janeiro
de 1789. Filho de um fiscal de impostos.
Em 1914, Comte ingressou na Escola
Politécnica de Paris.
Em 1817, sai da Escola Politécnica e
torna-se secretário de Saint-Simon (1760-1825), com o qual rompe em 1824.
No mesmo ano, casa-se com Caroline
Massin e não sendo mais secretário de Saint-Simon, passa a dar aulas
particulares de matemática.
Em 1826, iniciou em sua própria casa
um curso que resultou em uma de suas principais obras: Curso de Filosofia
Positiva (seis volumes) – publicados a partir de 1830.
Mas, o curso foi interrompido logo na
terceira aula, devido à uma crise mental sofrida por Comte, à qual se seguiu
profunda depressão melancólica.
Em 1838, as relações com sua esposa
pioraram sensivelmente até a completa separação em 1842.
Em 1845, conhece Clotilde de Vaux com
quem manteve um intenso relacionamento amoroso, embora platônico.
Com a morte de Clotilde, Comte
atribui-se uma missão de regeneração da humanidade.
Em 1847 é proclamada a religião da
humanidade.
Obras:
1824 – Sistema de Política Positiva;
1830 – Curso de Filosofia Positiva
(seis volumes);
1844 – Sistema preliminar sobre o
espírito positivo;
1851 – Sistema de Política Positiva ou
Tratado de sociologia instituindo a religião da humanidade (quatro volumes);
1852 – Catecismo Positivista: sumária
exposição da religião universal;
1856 – Síntese subjetiva ou sistema
universal de concepções próprias ao estado Faleceu em 5 de Setembro de 1857, em
Paris.
Comte era eminentemente
católico e a monárquica. Ele Estudou no Liceu em sua cidade de origem e na
Escola Politécnica de Paris, sendo mais tarde expulso por suas idéias
ultrademocráticas. Freqüentou alguns cursos da Faculdade de Medicina, e conhece
o socialista Saint-Simon, e torna-se seu secretário, donde recebe grande
influência intelectual. Seis anos mais tarde Comte, afasta-se do mestre. É
considerado o fundador do positivismo, onde sustenta que a ciência é a única
explicação razoável e legítima para a realidade.
Assim, enquanto o
primitivo poderia explicar, por exemplo, a queda dos corpos pela ação dos
deuses, o metafísico Aristóteles a explicaria pela essência dos corpos pesados,
cuja natureza os faz tender para baixo, onde seria o seu “lugar natural”.
Galileu, o espírito positivo, não indagaria o porquê, não procuraria as causas
primeiras e últimas, mas se contentaria em descrever como o fenômeno ocorre.
Segundo Comte, “todos os
bons espíritos repetem, desde Bacon, que somente são reais os conhecimentos que
repousam sobre fatos observados”.[2]Comte
doutrinava que só era possível conhecer os fenômenos e as suas relações, não a
suas causas primeiras e últimas (essência). Sendo assim, cuidava-se de não
procurar o porquê das coisas, dando preferência à procura das leis. Deste modo,
substitui-se o método a priori pelo método aposteriori.
As bases de sua Filosofia
foram às doutrinas de Saint-Simon. O método de investigação para a determinação
dos fatos e suas relações Comte, foi buscar nos filósofos ingleses: Bacon, Hume
entre outros. Comte prossegue a tradição sensualista que vinha desde Leucipo,
Demócrito e Epicuro, passando por Locke e Condillac, modificada por Taine.
Comte propõe que os fatos
só são conhecidos pela experiência, e que a única válida é a dos sentidos.
Fundamenta a sua corrente filosófica anti-metafísica, partindo em que é no
estado positivo em que o espírito humano reconhece a impossibilidade de obter
noções absolutas. Renuncia a indagara a origem do universo e a conhecer as
causas íntimas dos fenômenos e dedica-se a descobri-los pelo uso do raciocínio
e da observação.
O positivismo retoma,
portanto, a linha desenvolvida pelo empirismo do século XVIII. Segue a esteira
daqueles que aproveitaram a crítica feita por Kant à metafísica, no século
XVIII. As leis naturais assim descobertas, constituem a formulação geral de um
fato particular, rigorosamente observado; e daí resulta que a ciência, segundo
Comte, não é mais do que a sistematização do bom senso, que acaba por convencer
de que somos simples espectadores dos fenômenos exteriores, independentes de
nós e que não podemos modificar a ação destes sobre nós, senão submetendo-nos
às leis que o regem.
Como sistema filosófico, o
positivismo busca estabelecer uma unidade máxima na explicação de todos os
fenômenos universais sem recorrer a metafísica já que esta não é possível de
ser conhecida tanto pelo método empírico, ou da verificação experimental. E o
que está sujeito ao método das ciências? Augusto Comte só reconhece as ciências
experimentais ou positivas, que tratam dos fatos e das suas leis. E Comte,
distingue assim, as ciências abstratas das concretas.
As ciências abstratas, que
são fundamentais, formam seis grupos, são as seguintes: Matemática, Astronomia,
Física, Química, Biologia e Sociologia. A classificação destas ciências
baseia-se na ordem lógica e cronológica destas ciências. Na ordem lógica,
portanto é próprio da inteligência passar do mais simples e abstrato para o
mais completo e concreto, conforme a regra da síntese proposta por Descartes.
Nesta classificação, a primeira ciência, que é a Matemática, é mais simples e
abstratas que a segunda, a Astronomia, e assim por diante. Na ordem
cronológica, para Comte a primeira ciência, a Matemática foi a primeira que se
constituiu depois a Astronomia, em seguida a Física, a Química, a Biologia e,
por último, a Sociologia que Comte considera a mãe destas ciências.
A doutrina positivista
pode ser considerada sobre quatro aspectos: Psicológico: em que a Psicologia
faz parte da Biologia. Reputa a alma (espírito) como um conjunto de funções
cerebrais. Ontológico: em que nega as causas eficientes e finais, o infinito e
o absoluto, para reconhecer o relativo, o sensível, o fenomenal, o útil. “Tudo
é relativo, e isso é a única coisa absoluta” é o axioma fundamental do
positivismo. Sociológico e Religioso:
em que partem desde a divisão dos poderes sociais em material, intelectual e
moral, exercidos por pessoas de classes distintas, até a adoração do Grande
Ser, a humanidade, concebida como o conjunto de todas as almas fortes e
eternas, que viveram no passado e que nascerão no futuro.
O Grande Ser é o motor
imediato de cada existência individual ou coletiva que inspira a fórmula máxima
do positivismo: “O Amor por princípios, e a Ordem por base; o Progresso por
fim”. O positivismo se decompõe em duas divisas usuais: Uma moral: “Viver para
outrem”, ou seja, subordinar o indivíduo à família, esta à pátria e a pátria à
humanidade; Outra estética: “Ordem e Progresso”, isto é, arranjo, organização,
cada coisa em seu devido lugar para perfeita orientação ética da vida social.
Na dialética positivista,
o amor procura a ordem e a impele para o progresso; a ordem consolida o amor e
dirige o progresso; o progresso desenvolve a ordem e reconduz o amor. Dessa
inspiração altruísta criou Comte sua religião, puramente natural, racional,
científica e exclusivamente humana, que não admite mistérios, revelação,
vontade sobrenatural e que não aceita nenhuma crença, cuja exatidão a sua razão
não lhe tenha podido demonstrar.
A religião positivista,
portanto, baseando-se no conhecimento do mundo, pretende concorrer para o
aperfeiçoamento moral, intelectual e prático da humanidade. Comte parte da
idéia de que a natureza humana evolui segundo as leis históricas, embora em si
mesma não ocorra nenhuma transformação. Comte divide o estudo da estrutura
social em dois campos principais:
Estudo da ordem social: que ele
denomina de estática social em que estuda o organismo social em suas relações
com as condições de existência, traçando a teoria da ordem.
Estudo da evolução da
sociedade: que recebe o nome de dinâmica social que parte do conjunto para as
particularidades, e determina o progresso geral da humanidade. Como doutrina e
método, o positivismo passa a enfrentar a sociedade individualista e liberal,
através da ordem e do progresso, que Comte considerava fonte principal de todo
sistema político. É nesta linha partindo da noção de solidariedade que, em sua
opinião, impera uma política de paz e amor (idéia do dever). A política
positiva não reconhece nenhum direito além do de cumprir o dever.
A solidariedade com a
continuidade é a condição fundamental da existência e do desenvolvimento da
humanidade. É, pois na humanidade que o homem irá satisfazer sua necessidade de
um Deus, e seu desejo de imortalidade. Seu destino moral será servir, acima de
tudo, ao Grande Ser, a humanidade.
Para o positivismo a
humanidade é formada só de homens. Comte julgou a mulher condenada à
inferioridade pelas leis irrevogáveis da natureza. Estava Comte, tão convencido
da superioridade do homem que julgava que era o marido que deveria sustentar a
esposa.
O que realmente
caracteriza a política de Comte é a sua preocupação de se orientar pela moral,
que nasce da fraternidade universal. Comte não consegue distinguir Ciência
Política de Sociologia. O termo Ciência Política, usado por Saint-Simon, tem o
mesmo significado usado por Comte. Ciência Política, para Comte, é o que diz
respeito à história do Estado e à teoria e prática de sua organização. Na dimensão
antropológica, o homem como individualidade não existe, na sociedade
científica, senão como membro de outros grupos desde o familiar (unidade básica
por excelência), até o político.
Em 1825, Comte casa-se com
Caroline Massin, da qual se separa dezessete anos depois. Em 1845, conhece
Clotilde de Vaux, com quem manteve um intenso relacionamento amoroso, que morre
no ano seguinte. Após a morte de Clotilde, Comte decide realizar uma missão de
regeneração da humanidade (atribui-se um papel messiânico). Nesta mesma época,
Comte rompe com o filósofo Stuart Mill, este que o auxiliava financeiramente.
Aluno da famosa escola de
Polytechnique foi secretário de Saint Simon. Versado em matemática e foi
professor na Polytechnique. Faleceu em 1857 em Paris. Principais obras; em 1824
Comte, escreveu o Sistema de Política, em 1830 Curso de Filosofia Positiva e em
1852, Catecismo positivista. É o iniciador do positivismo francês, o pai
oficial da sociologia e em certos aspectos, o expoente mais representativo do
positivismo.
Augusto Conte teve duas
fases à primeira até 1850 com a obra do curso de filosofia positiva, a fase do
racionalismo e após isso a fase mística, que se deu com a obra o catecismo
positivista. O positivismo filosófico tem como hipótese fundamental, a evolução
da sociedade é similar à evolução do ser humano. Conte coloca a evolução humana
em três estados.
Alguns escritos de Comte
vão atacar frontal a metafísica subjacente à filosofia do século XVIII,
especialmente nas obras de Hume e de seus seguidores do empirismo inglês. Mas
comte não fica só nisso ele vai além de tais autores, ele não só aceita o
sucesso da destruição das ilusões transcendentais, mas na incorporação formal
da fase metafísica na evolução da humanidade como fase superada pelo advento do
pensamento positivista.
Na primeira fase que era
dominada pela as obras do autor Augusto Comte que tem como cunhou o termo
“filosofia positiva” apesar de muitas contrastes óbvios entre o positivismo de
Comte e o positivismo lógico do circulo de Viena, há muitas igualdade e clara
conexões tanto histórica como intelectuais entre os dois positivismos.
2.1.1 A lei dos três
estados.
Esta lei é o
conceito-chave da filosofia de Conte. A lei se da ao conjunto de evolução do
humana, individual ou coletiva. A humanidade passa por três estágios, são: A
teologia, a metafísica e o positivismo.
Estado teológico ou
fictício; todo homem é teológico na infância. Atribuem deuses a tudo, esta
voltado a religião e aos mitos. Esse é o ponto de partida necessário para o ser
humano. “Os fenômenos são vistos como produtos da ação direta e continua de
agentes sobrenaturais mais ou menos numerosos.”[3]
Estado metafísico ou
abstrato; é o estado da adolescência do ser humano. Entra o papel da filosofia, a razão. Uma
etapa de transição. “São explicadas em função de essências, idéias ou forças
abstratas(os corpos se uniram graças à simpatia, as plantas cresceriam em
virtude da presença da alma vegetativa).”[4]
Estado cientifico ou
positivo; estado da maturidade do homem. Um estado fixo e definido. Aa ciência
é a explicação valida e legitima. Só se aceita como verdade aquilo que se pode
comprovar cientificamente. “Estado positivo que o espírito humano, reconhecendo
a impossibilidade de obter conhecimentos absolutos, renuncia a perguntar-se que
é a sua origem, qual o destino do universo e quais as causas íntimas dos
fenômenos para procurar somente descobrir, como o uso bem combinado do
racionalismo e da observação, as suas leis afetivas, isto é, as suas relações
invariáveis de sucessão e semelhança.”[5]
2.1.2. A doutrina da
ciência
Estaremos entrando na
filosofia positivista, em seu estado cientifico. E este filosofia positivista “deve submeter a
sociedade rigorosa pesquisa cientifica, já que somente uma sociedade cientifica
pode ser considerado como a única base sólida para a reorganização social, que
deve encerrar o estado de crise em que se encontra há longo tempo as nações
mais civilizadas.”[6]
A ciência não deve
fornecer ao homem o domínio sobre a natureza. Conte vê como algo urgente o
desenvolvimento da “física social”[7],
uma sociologia cientifica. Sabendo que o objetivo da ciência em Conte vem a ser
a pesquisa das leis, porque para ele só o conhecimento das leis dos fenômenos,
cuja o resultado constante é de fazer com que possamos prever e portanto
sabendo da previsão posamos modifica-los em nosso beneficio.
2.1.3. A sociologia
como físico
Para obtermos uma ordem
social, para impedir a crise da sociedade é preciso o saber. E este
conhecimento é feito de leis provado com base dos fatos. E temos agora de
descobrir essas leis. Abandonar as realidades metafísicas e ir atrás da
realidade observada. “É na previsibilidade racional do desenvolvimento futuro
da convivência social que se pode resumir o espírito fundamental da política
positiva.”[8]
Portanto é possível
estabelecer as leis dos fenômenos sociais, isto através do raciocínio e da
observação. Conte divide a sociedade em estática social e dinâmica social.
Estática social; que vem
estudar as condições de existências comuns a todas as sociedades em todos os
tempos. Como, a sociabilidade em todos os tempos, o núcleo familiar e divisão
de trabalho.tudo se conciliam. A lei fundamental desta estática á a conexão
entre os diversos aspectos da vida social. Por exemplo a política não
independente da economia e da cultura.
Dinâmica social; este já
consiste no estudo das leis de desenvolvimento da sociedade. Sua lei
fundamental consiste na lei dos três estágios. Onde a teologia, corresponde a
supremacia do poder militar; a metafísica vem a ser a resolução; e o positivismo
corresponde a sociedade industrial.
Alguns pontos decisivos da
sociologia de Comte.
- A
estática social indaga sobre as condições da Ordem, enquanto a dinâmica
estuda ao leis do progresso.
- O
progresso humano, em seu conjunto, sempre se concretizou seguindo etapas
obrigatória, porque naturalmente necessário; a história da humanidade vai
do estágio teológico ao estágio positivo; no entanto , Comte não
desvaloriza o passado e a tradição em nome da exatidão do futuro.
- A
física social ou sociologia é fundamental para uma política racional. O
problema atual, fala Comte, é que a política está na mão de quem nada
entende do funcionamento da sociedade, como os literatos e os advogados.
Sendo que qualquer um pode conhecer o
caminho das leis da sociedade. E isso se faz através da observação, o
experimento e o método comparativo. E
mais o método histórico que constituem a única base fundamental sobre a
qual pode realmente se basear o sistema
da lógica política. Porque jamais podemos mudar a sociedade a vontade, como se
faz em outras áreas para descobrir o melhor fundamento.
2.1.4. A classificação das ciências
As ciências se classificam de acordo
co o seus graus de hierarquização, ou seja, sendo que as mais complexas
pressupõem as menos complexas. Indo em ordem decrescente de generalidade e
crescente de complicação, portanto, indo da astronomia para a sociologia. Essa
devem ser simultaneamente uma ordem lógica, histórica e pedagógica.
A ordem lógica é dado pelo critério da
simplicidade do objeto. Seguem a ordem iniciando pelas ciências e caminha até a
sociologia.
A ordem histórica é a passagem de cada
uma das ciências ao estado positivo. Como a astronomia que saiu da metafísica.
A ordem pedagógica seria o fato que as
ciências deveriam ser ensinadas na mesma ordem de gênese histórica.
Mesmo seguindo uma ordem hierárquica
não significa que as ciências superiores sejam redutivos às inferiores. E sim
cada qual tem sua autonomia.por exemplo a sociologia não pode se reduzir à
biologia.
A filosofia entre no meio de toda esta
história como a metodologia das ciências, o “espírito de cada uma delas, no
descobrir as sua relações e conexões e no resumir, se for possível, todos os
seus princípios próprios em número de princípios comuns, em conformidade com o
método positivista.”[9]
O problema é que as idéias de
simplicidade e complexidade do objeto são relativas aos critérios adotados, não
são atributos absolutos dos abjetos.
2.1.5. A religião da humanidade
A religião da humanidade deve
regenerar(dar nova existência) a sociedade com base no conhecimento das leis sociais . a
humanidade aqui está acima do individuo, é aquela que transcende os indivíduos.
Conte, fascinado pelo cristianismo,
coloca que a religião deve ser a cópia do sistema eclesiástico. E os dogmas já
estão prontos, são a filosofia positivista e as leis cientificas. Sabendo que a
mulher deve ser o nosso anjo da guarda, é a nossa protetora e fonte da vida
sentimental da humanidade. Sabendo que nesta sociedade o divorcio não será
permitido e os jovens deverão se submeter aos anciões.
“A humanidade é o “Grade Ser”[10],
o espaço, o grande Ambiente e a terra a Grande Fetiche esta é a trindade da
religião positivista. ”[11]
2.2 Claude Bernard e o nascimento da
medicina experimental
Claude Bernard nasceu em 1813 e com 65
anos faleceu. Ele descobriu a função glicogenia do fígado, apresentou uma
profunda reflexão sobre a lógica da ciência. Foi determinista e ficou famoso
com a publicação do livro “introdução ao estudo da medicina experimental”. Onde
trata do método da observação e da experimentação.
Sabendo que o experimento sempre
pressupõe alguma coisa a experimentar, e esse alguma coisa são as hipóteses. “O
método experimental”,
Ao invés,
tende a transformar as idéias a priori, baseada em simples intuição ou em
conhecimento experimental dos fenômenos.”[12]
Bernard coloca que o homem é
fantasioso e cheio de orgulho por sua própria natureza, por isso, passou a
acreditar que os concepções ideais de sua mente, que só correspondiam aos seus
sentimentos, representavam também a realidade. E entra com o método
experimental.
O método
experimental vem a ser a imposição de uma disciplina à fantasia, já que a mesma
por si só não bastava para compreender o mundo. Uma disciplina voltada para a
eliminação daquelas hipóteses incapazes de descrever, explicar ou prever algum
aspecto do mundo real. E a ciência é fruto desses disciplinar.
A idéia
experimental é uma idéia a priori, que se apresenta na forma de hipótese. Sua
validade se julga submetendo suas deduções ao critério experimental.
3. O positivismo utilitarista inglês
Foi um movimento
filosófico herdeiro das teses e da atitude dos iluministas. Constituiu a
primeira manifestação do positivismo social na Inglaterra. Os representantes
mais importantes do utilitarismo vem ser o Jeremiah Bentham, James Mill e seu
filho John Stuart Mill, se levanta também Adam Smith e David Ricardo por
delinear idéias econômicas e sociais da Inglaterra. Veremos inicialmente Thomas
Robert Malthus.
3.1Os problemas de Malthus
Thomas
Robert Malthus nasceu em 1766 e veio falecer em 1834. Publicou em 1798 ensaios
sobre a população. E nesses ensaios ele parte de dois postulados inegáveis
sobre a população.
O
primeiro é que o alimento é necessário à vida humana. E vem afirmar que o
crescimento da população humana é infinitamente maior do que o poder que a terá
possui de produzir os meios subsistências necessários ao homem. Antes e ainda a
lei da natureza que controla o equilíbrio, que domina os animais dentro de seus
limites. Tudo muito bem definido. Já ao homem entra outra parte.
Ao
homem o que o vem controlá-lo é algo mais trágico. Esse controle se dá por
amargos ingredientes que vem a ser pelo vício e pela miséria. Entra aqui o
segundo item. Onde se coloca que a atração entre dois corpos, o sexo são
indispensáveis à vida humana. Mais tem de haver um meio para se controlar a
vida humana. Uma medida que consiste em impedir o aumento excessivo da
população. Ou melhor, uma medida que não venha a ser nem a miséria e nem o
vício.
Malthus
propõem abstendo-se do matrimônio por motivos de prudência e com conduta
estritamente. Precisamente se privar do matrimônio, mais é algo que quase não
se aceita mais, não venha a ser a mais valida.
3.2 A economia clássica
3.2.1 Adam Smith
Adam
Smith (1723-1790) pesquisou sobre a natureza e as causas da riqueza das nações.
Smith sustenta que;
1) Só é produtivo o
trabalho manual, que cria bens materiais que têm valor objetivo em troca;
2) Os cientistas, os
políticos, os professores, em suma todos os produtores de bens imateriais
contribuem só indiretamente para a formação da riqueza nacional. Por isso
quanto mais gente trabalhando maior será a riqueza nacional.
3) Alcança-se ápice da
sabedoria quando o estado, deixando cada indivíduo livre para alcançar o máximo
de bem-estar pessoal, assegurar automaticamente o máximo bem-estar pessoal,
assegurar automaticamente o máximo bem estar o todos os indivíduos. Existe uma
harmonia natural no sentido de que a conseqüência não intencional do egoísmo de
cada um é o bem-estar de todos.
3.2.2. David Ricardo
Assim como Smith, ele
também sustenta que o valor de um bem é igual o trabalho realizado para
produzi-lo. E sabe que, para se obter um bom preso dos produtos deve se
alcançar o livre mercado. Sem intercambio dentro e nem entres as nações.
Portanto o valor da mercadoria é dado pelo trabalho necessário para
produzi-la.
Com o aumento da população surgiu a escassez
da terra e quem tinha acima do limite, implantou a renda fundiária. O que para
ele não se poderia cobrar. Mais ainda muitos foram trabalhar em lugares longes
e menos férteis e portanto mais trabalho, seguindo o encarecimento do produto.
O problema é que os dos terrenos mais férteis são melhores e mais baratos,
portanto, tornando esses proprietários mais ricos.
Sendo assim quem trabalha
não recebe o valor de seu trabalho, enquanto outros enriquecem. Surgi a partir
disso um sistema anti-social. Abre-se mais uma brecha no edifício da ordem
social.
3.3. Robert Owen: do utilitarismo ao
socialismo utópico
Robert Owen (1771-1858)
tinha a confiança de mudar os homens através da melhoria das condições de vida
por meio da educação. E começou por ele mesmo, logo era proprietário de uma
indústria e daí iniciou o que pensava. Pagava aos funcionários bons salários e
tinha boas instalações de escolas.
Os operários mostravam-se
cheio de entusiasmo o convencendo cada vez mais de suas idéias. Tentou mudar
nas demais fabricas, mais não conseguiu o mundo estava muito voltado para o
lucro. Owen elaborou o socialismo com idéias utópicas mais tarde, onde
trabalhavam todos em comum. Mais não agradou os demais filósofos,
empreendedores e economistas.
3.4. o utilitarismo de Jeremiah
Bentham
Jeremiah
Bentham (1748-1832) é o fundador do utilitarismo. “Uma idéia importante dele é
de que as leis na são dadas uma vez por todas, sendo modificáveis e
aperfeiçoáveis. Conseqüentemente é preciso trabalhar continuamente por uma
legislação em condições de promover a máxima felicidade para o maior numero
possível de pessoas.”[13]
Já na moral utilitarista
ele sustentava os únicos fatos verdadeiros são o prazer e a dor.
Já sobre o legislador tem
que encontrar a harmonia entre o privado, o particular com o público. E a lei
penal serve como meio para se conseguir essa harmonia. Mais mesmo assim era
quase em sua totalidade contra a pena de morte.
3.5. O utilitarismo de
James Mill
James Mill (1773-1836),
autor de Análise dos fenômenos da mente humana, de uma História das Índias
Britânicas e de elementos de economia. Por mérito seu o positivismo não assumiu
na Inglaterra as características de concepção autoritária. Obteve influencia
dos estóicos, epicuristas e cínicas.
É o fundador da ciência do
espírito. E mais os fatos da mente são as sensações, das quais as idéias
representam cópias. Sendo que a lei que regula a vida das sensações e das
idéias é a da contigüidade (vizinhança, junto, próximo) no espaço e no tempo.
Além de estar muito próxima também não é possível pensar numa sem a outra. Essa
associação vai ser usada também no capo da moral, como por exemplo, na idéia de
prazer excitará a idéia da ação que é a sua causa.
E mais acreditava que as
razões, com a onipotência da educação poderiam superar a política. E obter
assim a felicidade plena.
3.6. John Stuart Mill
O mesmo era filho de James
Mill. Nascido em 1806 e em 1873 veio a falecer. Acreditava de inicio que seria
um reformador do mundo mais com o decorrer do tempo “caio do cavalo”. Caído em
depressão.
Neste momento da vida
começou a se questionar e ver que se todos os objetos de sua vida se
realizassem não seria a felicidade. E sim que os prazeres da vida, são o
suficiente para fazer da felicidade uma coisa agradável quando colhidas de
passagem sem concedera-las como objetos principais.
“Stuart Mill trabalhou com
muita intensidade, dentro da tradição empirista, associacionista e
utilitarista, construindo um conjunto de teorias lógico e ético - políticas.” [14]
3.6.1Critica a teoria do
silogismo
“A lógica é a ciência da
prova, isto é, da inferência (dedução/ conseqüência) correta de proporção de
outras proposições. Toda resposta a qualquer questão formuláveis deve estar
contida em uma proposição ou afirmativa. Toda verdade e todo erro residem na
proposição.”[15]
Mas as argumentações são
cadeias de proposições, que deveriam levar as conclusões verdadeiras se as
premissas são verdadeiras. E o silogismo foi considerado como tipo de
argumentação válida.
Mais qual é o valor do
silogismo? Pergunta Mill. Usando um exemplo, para esclarecer melhor. Todos os
homens são mortais. O Rodrigo é um homem, portanto ele é mortal. Mas o problema
é como sabemos que todos os homens são mortais? Sabemos por que vimos a morte
de André, Pedro,... Portanto é da experiência que atraímos a verdade das
proposições.
E mais ele coloca que o
silogismo não acrescenta nada mais ao meu conhecimento ao dizer Rodrigo é
mortal, já incluem que todos os homens são mortais.
3.6.2. As ciências morais,
a economia e a política.
No campo da moral, Mill
reafirma a liberdade do querer humano. De querermos agir sobre as causas da
própria ação, como agimos sobre as causas dos processos naturais sabemos que
não somos impedidos de obedece por algum motivo, mais às vezes sentimos a
necessidade de resistir ao motivo.
Já na economia ele coloca
que deve ter leis de distribuição de riqueza. “Mas estas leis dependem da vontade
humana, portanto, do direito e do costume. A distribuição de obra e exclusiva
do homem, e pode pô-las à disposição de quem quiser e nas condições que mais
lhe convenha.”[16]
A política vem para
melhorar as condições dos trabalhadores. Mill defende a teoria da independência
segundo o qual o bem-estar do povo deve ser fruto da justiça e do auto -
governo. As classes dos trabalhadores devem tomar as providências para a
melhoria de sua própria posição. Ele também defende uma democracia
representativa onde todos devem ser representados.
Sobre
o socialismo, ele tem questiona sobre o mesmo, se não põe em risco a liberdade
humana. O que impede o mesmo de aderir ao socialismo.
3.
6.3 A defesa da liberdade do indivíduo
“À
liberdade individual e dedicado o ensaio Sobre a Liberdade, fruto da
colaboração da mulher. O núcleo teórico do trabalho está em reafirmar “a
importância, para o homem e a sociedade, de ampla variedade de características
e de completa liberdade da natureza humana a expandir-se em direção enumeráveis
e contrastantes.”[17]
A
liberdade deve ser protegida contra a tirania da opinião e do sentimento
predominante, contra a tendência da sociedade. Nem que para isso se usa
penalidades civis.
O
que Mill defende é o direito do indivíduo a viver como lhe aprouver: “Cada qual
é o guardião único de sua saúde, seja corporal, mental e espiritual.”[18]
Naturalmente a liberdade de cada individuo acaba quando inicia a do outro. A
idéia de Mill é a maior liberdade para cada individuo, pára o bem-estar de
todos.
4. O POSITIVISMO EVOLUCIONISTA DE
HERBERT SPENCER
4.1 Religião e ciência são
“correlatas”[19]
Em
1860 Spencer anuncia o projeto de Sistema de filosofia que deveria abranger
todo o cognoscível. Em seus primeiros princípios, já inicia tratando da
complexa e delicada questão das relações entre religião e ciência. Onde a
religião se eleva o mérito de ter entrevisto desde o inicio a última verdade e
nunca ter deixado de insistir nela, mais também é verdade que foi a ciência que
ajudou ou forçou a religião a se purificar dos seus elementos não-religiosos,
como os elementos animistas e mágicos.
Spencer
sustenta que a realidade última é “incognoscível”[20] e
que o universo é mistério. E isso é
afirmado pela religião e pela ciência. “A explicação daquilo é explicável nada
mais mostra, com a maior clareza, do que a inexplicabilidade daquilo que
permanece. Tanto do mundo externo como do mundo interno.”[21]
O
mundo continua sendo um mistério para os dois. Por maior que seja o progresso
feito na vinculação dos fatos e na formação de generalidade dos fatos, a
verdade fundamental vai continuar inacessível.
4.2 A evolução do universo: do
homogêneo ao heterogêneo
Para
Spencer as verdades cientificam, ampliam e aperfeiçoas o conhecimento.
Entretanto elas existem separadas, até quando a processo continuo de agrupação.
E a filosofia para ele é o conhecimento totalmente agrupado. É o processo de
unificação do conhecimento. Enquanto a ciência é parcialmente unificado.
Spencer
foi quem introduziu o termo evolução. Que é a passagem de uma forma menos
coerente a uma forma mais coerente, é a passagem do homogêneo para o
heterogêneo, é a passagem do indefinido ao definido.
“Spencer
define evolução: A evolução é a interação de matéria acompanhada da dispersão
de movimento, em que a matéria parra de homogeneidade indefinida e incoerente a
heterogeneidade definida e coerente, ao passo que o movimento contido sofre
transformação paralela.”[22]
4.3 Biologia, ética e sociedade.
“A
evolução do universo é processo necessário. O ponto de partida da evolução é a
homogeneidade, que é o estado instável. E em todos os casos encontramos
progresso em direção ao equilíbrio. No que se refere ao homem, a evolução só
pode terminar com o estabelecimento da maior perfeição e da mais completa
felicidade.”[23]
Biologia,
aqui Spencer sustenta que a vida consiste na adaptação dos organismos ao
ambiente, desde a comida até mesmo os órgãos dos corpos. Esse ambiente que muda
continuamente os desafia. Depois da ação do tempo a ainda a seleção natural, ao
qual favorece a sobrevivência do mais adequado.
Na
sociedade, Spencer reconhece na consciência humana elemento a priori, no
sentido de que são independentes da experiência singular e temporal do
indivíduo. Para Spencer aquilo que é a priori para o individuo é aposteriori
para a espécie, “no sentido de que determinados comportamentos intelectuais
uniformes e constantes são produtos da experiência acumulada da espécie no seu
desenvolvimento, que é transmitido por hereditariedade na estrutura orgânica do
sistema nervoso.”[24]
Spencer ima sociologia orientado para a defesa do
indivíduo. Onde a sociedade existe para os indivíduos e não vise-versa e que o
desenvolvimento da sociedade é determinada pela realização dos indivíduos.
Conseqüentemente ele olha desconfiado para a intervenção do estado.
No campo da ética, a mesma
deve ser um instrumento para sempre de melhor adaptação do homem às condições
de vida. “E a evolução, acumulado e transmitindo por hereditariedade
experiências e esquemas de comportamento, fornece ao individuo a priori morais
que, precisamente, são a priori para o comportamentos essenciais para
sobrevivência da espécie.”[25]
POSITIVISMO NA ALEMANHA
Como
já vimos nas páginas anteriores deste trabalho, o pensamento positivo está
espalhado por todos os cantos do mundo. Neste item iremos falar do positivismo
na Alemanha através de seus representantes.
Do
ponto de vista geográfico, o positivismo alemão do século XIX se desenvolveu em
contato externo com os autores ingleses, mais do que com os franceses, como já
acontecia com o anterior empirismo. Não obstante o predomínio da filosofia
racionalista continuou com tudo firme. Do mesmo modo como no século XVIII, ou
século das luzes, Leibniz, Wolff, Kant, o domínio de Kant e dos seus derivados
idealistas continua no século.
Do
ponto de vista de sistema, o positivismo alemão se redivide em quadros:
primeiramente ocorre um positivismo puro, ao modo do tipo padrão da França ou
Inglaterra. Paralelamente a isto surgem muitos outros autores.
Finalmente,
no século XX, explode a primeira vez vastamente o positivismo alemão, com o
nome neopositivismo, que teve no círculo de Viena a sua fonte principal.
Temos
na Alemanha, assim como em outros países, inúmeros representantes, mas neste
trabalho falaremos de apenas seis: Ernst Haeckel, Richard Avenarius, Ernst
Mach, Ernst Laas, Eugen Dühring, Friedrich Jodl.
a) Ernst
Haeckel: (1834-1919).
Obras: * Morfologia Geral dos Organismos,
1866.
* Os Enigmas do Mundo, 1899.
Filosofo
e naturalista alemão, nascido em Potsdam. Entrou para a classe de história
natural da Universidade de Würzburgo. Prosseguiu estudos em Berlim e Viena,
para finalmente se doutorar em medicina. Ensinou, a partir de 1862, na
Universidade de Iena, anatomia comparada, passando em 1865 a cátedra de
zoologia, em que se manteve até 1908. Mantinha correspondência com o sábio
alemão emigrado para o Brasil, Fritz Müller, estabelecido em Blumenau, SC, de
quem recebia materiais para estudo.
Foi
o mais popular divulgador do evolucionismo.
b)
Richard
Avenarius:
(1813-1896).
Obras: * Crítica da experiência pura.
* O conceito humano do mundo.
Segundo
Richard Avenarius, o eu é constituído por um complexo de fatos sensoriais, os
quais variam em função de outros fatos, e estes formam o ambiente esterno. Mas,
fatos sensoriais, físicos e fisiológicos, são, não só o que chamamos eu, mas
também o que chamamos coisa ou mundo. Por isso não existe distinção real entre
o eu e o mundo. É ilusória a distinção entre o eu e o mundo.
c)
Ernst
Mach:
(1834-1916).
Obras: * Análise das sensações e a
proporção do físico e Psíquico, 1900.
* Conhecimento e erro, bloqueio
para a psicologia da investigação, 1905.
Nascido
em Turas (Morávia), professor em Graz, Praga, Viena, criador de um empirismo
puro, fenomenista, antisubstancialista, devendo inclusive as ciências físicas
tratar seus objetos como se fossem somente sensações, de acordo com o princípio
de economia do pensamento, sendo pois assim as leis naturais senão abreviações
da pluralidade das experiências.
Para
Mach, a única realidade é o dado imediato, sendo que a diversidade das conexões
depende exclusivamente do ponto de vista no qual se coloca o pensamento ao
estabelecê-las. A função do pensamento neste trabalho sobre os dados sensoriais
não é dar-nos a realidade, a qual é realizada toda pelo sentido, mas manipular
arbitrariamente esta realidade para permitir-nos dominá-la com mais facilidade
na vida prática. Das várias interpretações da realidade, nenhuma é mais
verdadeira do que as outras: algumas são mais “cômodas” do que as outras.
Exemplo disso é a interpretação mecânico-matemática da natureza, não explica os
fenômenos quando exprime as diferenças qualitativas dos números e das figuras.
O valor da ciência é, portanto, prático e não teorético.
d)
Ernst
Laas: (1837-1885).
Obras: * Idealismo e Positivismo.
Nascido
em Potsdam e professor em Strasburgo. Em sua obra a história da filosofia é
vista como campo de batalha entre dois tipos únicos de filosofia: o platonismo
e o positivismo. Para Laas, porém, em suas diversas formas, o platonismo não
está em condições de satisfazer as necessidades materiais e espirituais do
homem, coisa que o positivismo pode fazer, pois sua moral é “moral para esta
vida, com motivos que encontram no aquém a sua raiz”. Afirmando a solidariedade
social e o progresso da cultura, Laas vê “a idade de ouro não atrás de nós, mas
a nossa frente”.
e)
Eugen
Dühring:
(1833-1921).
Obras: * Dialética natural, 1865.
* Curso de filosofia,
1875.
*Lógica e teoria da
ciência, 1878.
* História crítica dos
princípios universais da mecânica, 1873.
* História crítica da
economia política e do socialismo, 1871.
Professor
em Berlim, antimetafísico, entende contudo a filosofia como uma concepção do
universo a partir de resultados científicos, em que cabe o Espírito, mas não o
conjunto de superstições das religiões.
O
mais conhecido positivista social alemão. Foi escritor fecundo e brilhante.
Seus trabalhos tratam da filosofia teórica, da história da ciência e da
economia política.
Ele
alimentava elevado conceito de si mesmo, a ponto de considerar-se autêntico
reformador da humanidade. Era polêmico com todos, dos judeus aos socialistas.
Influenciado pelas razões do positivismo e também pelas da tendência do
“retorno a Kant”, ele considera o idealismo como imaginação infantil, incapaz
até de distinguir entre alucinação e realidade. No campo ético-social, defendeu
um tipo de socialismo que chama de personalismo. Ergue-se contra a dialética
Hegeliana.
f)
Friedrich
Jodl:
(1848-1914).
Obras: * História da ética, 1888-1889.
Nascido
em Viena, professor em Praga e depois em Viena, positivista monista, mantidos o
espírito como aspecto da realidade e a ética.
Contrário
à religião da humanidade de Comte, onde sustenta que a humanidade é capaz de
aperfeiçoamento, mas nunca será perfeita, razão por que não devemos adorá-la
nem venerá-la. Monista materialista, Jodl é avesso às metafísicas
transcendentes, afirmando que entre a substância e o pensamento, que é uma
função do pensamento dessa substância no homem, nada mais há do que toda a
história da evolução do mundo orgânico. Essa é a sua metafísica.
POSITIVISMO
NA ITÁLIA
É
depois da unificação que o positivismo se impõe e se difunde na Itália, mesmo
que seus representantes já tivessem antecipado temas positivistas. Tudo isso
por volta de 1870 e 1900. Dando seus melhores frutos na reflexão sobre a
criminologia (Lombroso), na pedagogia (Gabelli e Angiulli), na historiografia
(Villari) e na medicina (Tommasi e Murri).
Contrário
ao espiritualismo dos filósofos anteriores (Rosmini, Gioberti) e avessos ao
idealismo que se difundia na Itália meridional, os positivistas italianos
reafirmaram a necessidade de relacionar a filosofia com o desenvolvimento das
teorias científicas, assumiram atitudes críticas em relação às metafísicas da
transcendência e do espírito e renovaram os estudos antropológicos, jurídicos e
sociológicos.
Na
Itália, o positivismo envolveu inclusive intelectuais que tiveram funções dirigentes
no movimento operário.
Assim como nos outros itens, neste veremos
também o positivismo na Itália através de seus representantes: Carlo Cattaneo,
Roberto Ardigò, César Lombroso, Salvador Tommasi, Augusto Murri, Pascoal
Villari, Aristides Gabelli.
a)
Carlo
Cattaneo:
(1801-1869).
Obras: * Idea di uma psicologia della
scienza.
* Psicologia delle menti associate.
O
iniciador do positivismo na Itália, até mesmo antes da unificação, foi Carlo
Cattaneo, profundo estudioso de assuntos econômicos, jurídicos, históricos e
filosóficos. Ele traçou o programa de uma psicologia social, destinada a
resolver tanto o problema da civilização da humanidade na sua continuidade
histórica quanto o da organização social na sua unidade intrínseca, através do
estudo do jogo das ações e reações que uma mente individual exerce sobre a
outra.
b)
Roberto
Ardigò:
(1828-1920).
Obras: * La morale dei positivisti, 1885 ou
1879.
*
La psicologia come scienza positiva, 1870.
* A formação natural no fato do sistema
solar, 1877.
Roberto
Ardigò, tendo recebido influência de Spencer, ensina que toda realidade é uma
formação natural que vai do sistema solar até as mais elevadas expressões do
pensamento humano; a vida psíquica é considerada por ele aquela que revela do
modo mais singular a vida do universo.
Para
Roberto Ardigò, a diferença entre o homem e o animal é principalmente orgânica.
No homem a organização mais perfeita do sistema nervoso, especialmente do
cérebro, permite um desenvolvimento psíquico perfeito. Toda realidade é
homogênea. Nada de transcendente.
c)
César
Lombroso:
(1836-1909).
Obras: * O homem delinqüente, 1876.
* Gênio e Degeneração, 1897.
Realizou
contribuições relevantes no campo da sociologia do crime.
Foi
diretor do manicômio de Pavia e depois professor de psiquiatria e antropologia
criminal em Turim.
Foi
pelo exame do Crânio de um criminoso que Lombroso pensou em encontrar a
confirmação para as suas teses gerais para a delinqüência. Os criminosos não
cometem delinqüências por ato consciente e livre de má vontade, mas sim porque
têm más tendências, tendências que repetem sua origem em organização física e
psíquica diferente da normal. A maior parte dos delitos é realizada por
indivíduos biologicamente inclinados para o delito. As características
anatômicas e de caráter do delinqüente nato são: “a escassez de pêlos, a
pequena capacidade craniana, a testa retraída, .... a pequena sensibilidade à
dor, a completa insensibilidade moral, a indolência...”. assemelha-se a um
homem selvagem.
d)
Salvador
Tommasi:
(1813-1888).
Obras: * O naturalismo moderno, 1866.
Professor
em Pavia e depois em Nápoles. Era clínico e fisiológico.
Segundo
Tommasi, nas ciências objetivas e naturais, a doutrina não pode consistir em um
a priori, não pode surgir de especulações metafísicas, não pode ser uma
intuição e muito menos um sentimento.
e)
Augusto
Murri:
(1841-1932).
Obras: * Quatro lições e uma perícia, 1905.
Murri
estava persuadido de que não há dois ou mais métodos para alcançar a verdade,
mas apenas um. Para se chegar a esse conhecimento, é preciso ter a capacidade
de imaginar, a imaginação, mas não só isso, levantar hipóteses em cima dessas
imaginações, e finalmente criticá-las. Quem não erra não existe. Ou ainda se
perguntar: Porque devo acreditar nisso?
f)
Pascoal
Villari:
(1827-1917).
Obras: * Sobre a origem e o progresso da
filosofia da história, 1854.
* A filosofia positiva e o método
histórico, 1865.
Historiador
de Savonarola, de Maquiavel e da Florença Comunal. Lança-se contra a filosofia
metafísica. Declara-se contra alguns comtianos da França pelo fato desses
equiparar as idéias abstratas a sonhos, e transformar o positivismo em
materialismo.
g)
Aristides
Gabelli:
(1827-1917).
Obras: * A pedagogia e a filosofia, 1872.
* A pedagogia, o estado e a
família, 1876.
* A filosofia e a escola, 1888.
* A filosofia e a pesquisa
positiva, 1868.
* O homem e as ciências morais,
1869.
Inicialmente, professor de
pedagogia e antropologia na Universidade de Bolonha e depois professor de
pedagogia em Nápoles.
Conclusão
Neste trabalho nos tentamos mostrar um
pouco da história do positivismo, este trabalho foi muito lucrativo porque nos
fez entender um pouco mais dos pensadores. Estes homens que fizeram muito por
todo o mundo, mas só que nos não sabemos dar o devido respeito a eles.
Neste trabalho nos procuramos
apresentar os dois positivismos: o positivismo de Auguste Comte e o positivismo
Lógico do circulo de Viena. Estes dois positivismos têm cada um uma linha de
pensamentos diferente.
Como
nos podemos ver Auguste Comte é considerado o pai da sociologia e o sacerdote
maior da religião da humanidade. Comte também criou o calendário dos santos
pensadores, a que cadê dia é comemorado um pensador da história.
Para Comte os pensadores era que tinha
de ser lembrado, por tudo o que eles tinham feito para o povo. Isso seria um
pouco do nosso trabalho sobre o positivismo.
PAULO
ROBERTO POSONSKI
RAFAEL
DIAS DE OLIVEIRA
VITOR
SCHLICKMANN
WAGNER MARCHESIN
POSITIVISMO
Trabalho de graduação apresentado à disciplina de Historia
Filosofia Moderna do Curso de Filosofia do Centro Universitário de Brusque-
Unifebe.
Orientador : Pe. Adison Colombi
BRUSQUE
2005
REFERÊNCIA
SELL, C. E, Sociologia Clássica. 3.ed. Univali Editora. Itajaí. 2004
REALE,
G; ANTISERI, D, História da Filosofia. 3.ed.vol.3.
Editora Paulus. São Paulo. 1991
[1] Pág 296
CONTE
[2] Comte,
A. Curso de Filosofia positiva, in
Col. Os Pensadores, São Paulo, Abril Cultural, 1973, p.7-11.
[3] 97
[4] 98
[5] 99
[6] 00
[7] ter o
conhecimento dos fatos sociais e políticos
[8] 301
[9] 304
[10] 304
[11] 305 306
[12] 307
[13] Idem,
p. 313
[14] Idem.
p. 319
[15] Idem.p.
319
[16] Idem,
p. 322
[17] Idem,
p. 324
[18] Idem,
p.325
[19] mostra mútua
dependência
[20] enigma
[21] Idem.
p. 326
[22] Idem,
p. 330
[23] Idem,
p. 330
[24] Idem,
p. 331
[25] Idem,
p. 332
Nenhum comentário:
Postar um comentário