sábado, 15 de junho de 2013

SOBRE AS GALÁXIAS EM GERAL


            Este trabalho aprofundará o estudo sobre a galáxia M33 ou galáxia do triangulo, porém, para melhor compreensão da mesma, será necessário esclarecer certos conceitos que facilitarão o bom entendimento do assunto. O que é uma galáxia? Como se classificam? De onde surgiram? Dentre outros dados que possam vir a esclarecer o assunto, este trabalho também tratará destas questões uma vez que se julga fundamental uma melhor compreensão destes termos.
            Galáxia é um sinônimo de Via Láctea, vocábulo esse que é de origem grega e que era empregado para designar conjuntos de estrelas, gases e poeira cósmica. A partir do momento que foram avistadas formações extragalácticas com formas parecidas com a da Via Láctea, essas foram denominadas galáxias.
            A partir de então galáxia “é um sistema estelar aparentemente isolado no espaço cósmico contendo mais de 100 bilhões de estrelas, nebulosas, aglomerados estelares, poeira e gás”.[1] As galáxias possuem tamanhos e formas variadas e por isso são classificadas em: “E – galáxia de forma elíptica; S – galáxia espiral; Sb – galáxia espiral barrada; I – galáxia irregular”.[2] Dessa forma, galáxia elíptica é uma galáxia de forma arredondada e galáxias espirais possuem formas que fazem jus a sua classificação, já galáxias que não possuem formas padronizadas são chamadas de irregulares.
            Quanto a origem das galáxias, não há um consenso entre os observadores, mesmo assim, várias teorias tentam explicar o seu surgimento. “Em geral, acredita-se que as galáxias formaram-se pelas condensações do material intergaláctico primordial, que existiu nas primeiras etapas de expansão do nosso universo”.[3] Porém, é necessário lembrar que a ciência não tem certeza sobre isso, e que esta teoria pode não passar de um mito científico.
            No universo existe um número de galáxias que atualmente é imensurável, portanto, assim como o planeta Terra pertence a um sistema solar e esse sistema solar pertence a uma galáxia, da mesma forma as galáxias pertencem a grupos de galáxias e esses grupos pertencem a outros grupos. Para melhor explicar essas divisões e subdivisões, foram criados os seguintes termos: Aglomerado e Superaglomerado.

            “Aglomerado de galáxias é um agrupamento de galáxias. Os aglomerados podem formar grupos muito pobres, como o grupo local com dez a cem galáxias, ou ricos, como os grandes aglomerados com cerca de mil galáxias”.[4] “Super aglomerado é um aglomerado de aglomerados de galáxias. Os superaglomerados têm tipicamente cerca de 100 milhões de anos/luz e contém dezenas de milhares de galáxias”.[5]

 

2.1. GRUPO LOCAL

O aglomerado onde está localizada a galáxia M33 é o chamado grupo local, que está situado num raio de 3 bilhões de anos/luz em volta da Via Láctea. Este aglomerado possui vinte galáxias, que por sua vês, estão muitos próximas, atraídas por uma força maior.

 As três maiores galáxias desse grupo têm forma espiral. Sendo a primeira, Andrômeda, a segunda, Via Láctea e em terceiro a M33. As galáxias mais pequenas estão "presas" às maiores, formando o grupo local.

3. A GALÁXIA M33


Assim como a nossa a M33 é uma galáxia espiral do tipo SC e fica na constelação do triangulo.  Foi descoberta no ano de 1764 por Charles Messier, embora se especula que tenha sido descoberto antes por Hodierna em 1654. 
            Situada a 2.8 milhões de anos-luz da terra. Tem a metade do raio da nossa galáxia cerca de 60.000 anos-luz. Encontra se inclinada 55 graus em relação a nós, com uma magnitude de 5.7. E mais ela se aproxima de nós com a velocidade de 182km por segundos mas com o nosso movimento em torno do centro da Via Láctea ela se aproxima a uma velocidade de 24 km/s.
            A velocidade da luz é de 300.000 quilômetros por segundo e portanto um ano-luz corresponde a dez trilhões de quilômetros (10.000.000.000.000), considerando isso a galáxia M33 está a aproximadamente 280.000.000.000.000.000.000 Km de distância da Via Láctea. [6]
As galáxias tendem a agrupar-se gravitacionalmente. A M33 pertence a um grupo Local que engloba 31 galáxias. Destas, a maior é a de Andrômeda (10x mais massa que a Via Láctea), a M33 ocupa o terceiro lugar.
            Possui vários braços em virtude de sua forma espiral. A galáxia mostra centenas de regiões resolvidas em enxames, associações e nebulosas.       
            Essa é uma galáxia pequena em comparação com outras com outras galáxias como a Andrômeda galáxia M31, ou com a nossa galáxia, porém, possui tamanho comum para galáxias espirais no universo.
Se observa que as estrelas desta galáxia são de um tom azulados o que nos diz, que são estrelas novas. Pois as estrelas mudam de cor conforme sua idade, quando nascem tem uma cor bem clara um tom meio azulado, com o passar do tempo adquirem a cor amarela depois passam a uma cor laranjada e por fim o vermelho.
Em si está é uma galáxia com muito pouco luminosidade sendo considerado que sua luminosidade chega a oito vezes menos que a galáxia de Andrômeda. Sua observação é muito difícil. . Essa galáxia pode ser observada a olho nu, mas com a ajuda de um binóculo potente pode-se ter uma visão um pouco mais clara, porém é preciso que haja condições temporais favoráveis.
Ela  esta sendo perpassada por uma enorme faixa de poeira. O que é normal a uma galáxia conter enorme quantidade de poeira e gás. Estas poeiras e gases são de certa forma ingredientes para a formação de novas estrelas. 
            Em um dos braços espirais da M33 está uma nebulosa de emissão gigante, parecida com a grande Nebulosa de Órion, embora imensamente maior. Essa Nebulosa chama-se Nebulosa NGC 604 medindo aproximadamente 1.500 anos-luz. Nessa nebulosa há uma intensa formação de estrelas.



3.1 A NEBULOSA NGC 604


A nebulosa NGC 604 encontra-se em um dos braços espirais da galáxia M33. Essa nebulosa é um dos maiores e melhores exemplos de nascimento de estrelas em uma galáxia que fica próxima de nós. Ela é semelhante a outras regiões onde há formação de estrelas, como é o caso da Nebulosa de Órion, porém, ela é umas cem vezes maior que a Nebulosa de Órion, pois esta abriga apenas quatro estrelas brilhantes centrais, enquanto a Nebulosa NGC 604 abriga mais de 200 estrelas.
            Esta nebulosa é muito grande, medindo cerca de 1.500 anos-luz e podendo inclusive ser facilmente observada por telescópios terrestres. Possui mais de 200 estrelas super maciças, que medem em torno de 15 a 60 vezes mais que a massa solar, sendo que as mais pesadas chegam a atingir 120 vezes a massa do sol, e sua temperatura superficial alcança 40.000º C. Essas estrelas da nebulosa NGC 604 são extremamente jovens, tendo se formado a mais ou menos 3 milhões de anos.
            As estrelas da NGC 604 se encontram envoltas em uma nuvem gasosa, que com o calor das estrelas é aquecida, causando a florescência do gás, destacando a forma tridimensional da nebulosa. Uma torrente de radiação ultravioleta flui da nebulosa, formando um brilho gasoso nebular em torno da NGC 604. 
            O estudo dessa nebulosa tem clareado muitos pontos referentes à formação de estrelas e à evolução do meio interestelar, podendo inclusive determinar o mecanismo de evolução das estrelas super maciças e como elas afetam o meio interestelar onde se encontram.

3.2 BURACO NEGRO EM M33


            O buraco negro surge dos caroços estrelares que restam das explosões das supernovas. Só um detalhe sobre este caroço, se ele for acima, ou melhor, superior a três massas solares formará através da contração o buraco negro. Caso contrário ele se tornará uma estrela de nêutrons.
“Os buracos negros são caracterizados por sua gravidade extremamente forte, tão poderosa que nem mesmo a luz pode escapar à sua atração; em consequência, é impossível ver um buraco negro. No entanto, podem ser detectados se possuirem uma Estrela companheira muito próxima: a gravidade do buraco negro atrai gás da outra Estrela, formando um disco de acreção que gira ao redor do buraco negro em alta velocidade, aquecendo-se e emitindo radiação.” [7]
            Em geral a maioria das galáxias possui um buraco negro. Mas especificando a galáxia M33, não há certeza se há ou não um buraco negro.  Sendo assim os astrônomos não descartam a possibilidade ter um, mais tem um tamanho muito pequeno. “Se for assim, assinalou David Merrit, um dos pesquisadores, "seria o menor buraco negro já detectado"”[8].   

  “A massa do buraco negro é proporcional à massa da galáxia hospedeira o que indica que a história de um buraco negro está ligada à formação da galáxia em que está localizado”.[9]























1. INTRODUÇÃO


            Na atualidade existem diversas teorias para explicar a origem do Universo, porém existem diversos modelos teóricos, mas cada um defende uma posição. Para explicar a origem das galáxias também existem diversas teorias, mas acredita-se que as galáxias foram se formando da união de material intergaláctico primordial, que existiu no inicio da formação do Universo.
            Hoje temos inúmeras galáxias no Universo, dentre as quais está a M33 que é alvo de estudo deste trabalho. Ela faz parte do grupo locas de galáxias, e está a 2,8 milhões de anos-luz da terra. Possui uma nebulosa de 1.500 anos-luz, que é conhecida como Nebulosa NGC 604. Está é uma das maiores nebulosas do grupo local, possuindo mais de 200 estrelas no seu interior.
            A M33 ocupa o terceiro lugar na classificação de tamanho, ficando atrás apenas da galáxia de Andrômeda (M31) e da nossa galáxia.
            A M33 pode ser a primeira galáxia a ser detectada que não possui um buraco negro, ou se possuir é muito pequeno.














4. CONCLUSÃO


            Neste trabalho pode-se concluir que o Universo tem dimensões inimagináveis, pois quanto mais longe se vai na sua exploração, mais se vê que há muito para descobrir.
            A galáxia que foi estudada é uma espiral que faz parte do nosso grupo local. A M33 tem 50.000 anos-luz de diâmetro e está a 2,8 milhões de anos-luz da terra. Ela pode ser visualizada a olho nu em noites escuras e de céu limpo.     
            O que mais chama a atenção nesta galáxia é a nebulosa NGC 604 que é uma das maiores do nosso grupo local, com mais de 200 estrelas super maciças. Outro curiosidade é a possibilidade da não existência de um buraco negro na M33.















5. REFERÊNCIAS

[1]MOURÃO, R. R. F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. SP. Editora Nova Fronteira, 1995. p. 319.

MOURÃO, R. R. F. Atlas celeste. SP, Editora Vozes, 2001. p. 152.

MOURÃO, R. R. F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. SP. Editora Nova Fronteira, 1995. p. 321.

[1] MOURÃO, R. R. F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. SP. Editora Nova Fronteira, 2001. p. 11.

[1] MOURÃO, R. R. F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. SP. Editora Nova Fronteira, 2001. p. 802.

Buracos negros. Disponível em:  <http://ouniverso.blogs.sapo.pt/arquivo/094064.html> acesso em 13 nov. 2004

A galáxia M33. disponível em: <http://www.cielosur.com/messier.htm>acesso em 15 nov. 2004

A galáxia M33. disponível em: <http://www.astromia.com/fotouniverso/formaestrellas.htm>acesso em 15 nov.2004

A galáxia M33. disponível em: <http://www.astromia.com/glosario/grupolocal.htm>acesso em 15 nov. 2004

VITOR SCHLICKMANN










GALÁXIA M33




[1] MOURÃO, R. R. F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. SP. Editora Nova Fronteira, 1995. p. 319.
[2] MOURÃO, R. R. F. Atlas celeste. SP, Editora Vozes, 2001. p. 152.

[3] MOURÃO, R. R. F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. SP. Editora Nova Fronteira, 1995. p. 321.
[4] MOURÃO, R. R. F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. SP. Editora Nova Fronteira, 2001. p. 11.
[5] MOURÃO, R. R. F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. SP. Editora Nova Fronteira, 2001. p. 802.
[6] Dados retirados de cálculos realizados pelos próprios autores do trabalho.
[7] Buracos negros. Disponível em:  < http://ouniverso.blogs.sapo.pt/arquivo/094064.html> acesso em 13 nov. 2004
[8] Buracos negros. Disponível em: <http://ouniverso.blogs.sapo.pt/arquivo/094064.html> acesso em 13 nov. 2004
[9] Buracos negros. Disponível em:  < http://ouniverso.blogs.sapo.pt/arquivo/094064.html> acesso em 13 nov. 2004

Nenhum comentário: