É preciso amar as pessoas Como se não houvesse amanhã Por que se você parar Prá pensar Na verdade não há...
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
natalll...... muito mais que celebrar o nascimento do filho d e Deus é celebrar a presença de }Deus na união das famílias... Onde dois ou mais estivererm reunidos, ai estarei no meio deles"... e viver Deus em família é viver em alegria entre os membros, é o encontro da família que torna a presença do menino Deus.. Natalll viver o amor de Deus na família, na presença de um amigo, na presença de um amor.....
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Cedejor... o raiar do sol que desperta o empreendedorismos
no amanhecer da vida dos jovens. Um raio de luz que acerta em cheio o escuro de
uma caverna, mostrando as possibilidades. A implantação de uma semente no
coração de casa jovem que ai participa. Um marco para descoberta de novos caminhos,
novos campos de atuações, novas alegrias, novas satisfações, novos horizontes.
sábado, 16 de novembro de 2013
os ataques a igreja católica
O espírito crítico e os ataques à Igreja
O espírito de “criticidade” tão presente na boca dos anticlericais nada mais é que o espírito satânico do non serviam
Em um mundo onde as aparências importam mais que a realidade, não são poucos os indivíduos à procura de um saber superficial, alcançado apenas para demonstrar posição social ou superioridade em relação às outras pessoas. É sintomática a cultura do "diploma”, que valoriza mais um pedaço de papel, garantindo que o sujeito sentou durante alguns anos na carteira de uma universidade, do que a busca de uma sólida formação intelectual e de um conhecimento autêntico.
Nesta ânsia de inflar o próprio ego, ao invés de educar-se de verdade, figura como digna de aplausos aquela postura comumente chamada de "crítica”. Qualquer pessoa que frequente alguma instituição de ensino no Brasil já ouviu ao menos uma vez esta palavra. "É preciso ser crítico”, repetem os professores, pedagogos e demais formadores (ou deformadores). Em que consiste esta "criticidade”, no entanto, poucos explicam.
Parece ser pacífico, porém, que alguém "crítico” não pode deixar de falar mal da Igreja Católica.No culto secular à diversidade, nenhum preconceito é tolerado, a menos que o preconceito seja dirigido à religião – e, de modo particular, à religião cristã. Neste caso, não só é permitido ser intolerante, como a própria "classe intelectual” faz questão de estimular na juventude esta espécie de intolerância.
As aulas de história são o palco preferido dos inimigos da fé. O desejo de formar espíritos "críticos” – e não de fornecer ferramentas para a boa educação – faz com que o professor socialista oculte, de modo sórdido, todos os benefícios trazidos pela Igreja para a construção da civilização ocidental. Que importa que os monges copistas tenham legado ao homem medieval e moderno toda a literatura da Antiguidade? Que importa que as universidades sejam filhas da Igreja? Que importa que tantos santos católicos tenham contribuído de modo significativo para o desenvolvimento das ciências? Ao lado de todas estas riquezas ardilosamente escondidas pela mente esquerdista estão os escândalos provocados, aqui e ali, por filhos rebeldes da Igreja – todos eles, por outro lado, prontos para ser contados aos alunos.
Assim, são alçados a símbolos da Idade Média, senão personalidades realmente perversas, figuras caricatas. Se o modelo de "católico” apresentado não é o Papa Alexandre VI, que não só comprou sua eleição pontifícia, como continuou aumentando sua prole após subir ao trono de Pedro (o que é, sem dúvida, uma página lastimável da história da Igreja), então o alvo é a Inquisição – "carta na manga” para qualquer discussão, a qualquer hora –, vista como um tribunal sanguinolento que condenava pessoas à morte supostamente porque elas não criam em Deus. Não importa que este instituto medieval tenha sido válido tão somente para católicos e que representasse, à sua época, um verdadeiro avanço na prática processual penal... Importa apenas arrumar oportunidade para destilar um ódio quase que irracional à Igreja. Qualquer pedaço de pau serve para bater nela.
Tristemente, são muitos os católicos que entram na onda. Insuflados por um espírito que pensam ser "crítico” – mas que, na verdade, nada mais é que o espírito satânico do non serviam–, repetem chavões mentirosos e acusam a Igreja de ter feito isto ou aquilo de mau – como se a santidade da Igreja, Esposa do Cordeiro, se misturasse com o pecado dos Seus indignos filhos.
A estas criaturas que, de mãos dadas com os anticlericais, vergonhosamente detratam sua Mãe, como se Cristo – a quem dizem adorar – estivesse separado de Seu Corpo, nunca foram tão apropriadas as palavras de São Josemaría Escrivá: "Não pode haver fé no Espírito Santo se não houver fé em Cristo, na doutrina de Cristo, nos sacramentos de Cristo, na Igreja de Cristo. Não é coerente com a fé cristã, não crê verdadeiramente no Espírito Santo quem não ama a Igreja, quem não tem confiança nEla, quem só se compraz em apontar as deficiências e as limitações dos que a representam, quem a julga de fora e é incapaz de se sentir seu filho.”01
Aos que, por outro lado, estando de fora, incentivam a rebeldia e a desobediência à Igreja, cabe fazer um exercício sincero de reflexão: como é possível que justamente a conduta daqueles que não seguem os ensinamentos e diretrizes da Igreja seja a prova de que ela é má e corrupta? Quem deseja estudar arquitetura, certamente estudará Da Vinci, Michelangelo e Bernini... não os arquitetos fracassados. Quem quiser adentrar no mundo da física, com certeza lerá muito sobre Tesla, Newton e Einstein; mas, dificilmente vai ler alguma linha sobre um físico que não deu certo. Do mesmo modo, estuda-se o Cristianismo através dos homens que foram verdadeiramente cristãos, e não dos que ofereceram (ou oferecem), com sua vida, um contraexemplo. Estuda-se a Igreja por Santo Agostinho, São Justino, São Bernardo, Santo Alberto Magno e Santo Tomás de Aquino, e não por Alexandre VI ou por padres pedófilos.
A menos que o propósito de quem estuda não seja a procura da verdade, mas a difamação e a propaganda suja.
terça-feira, 1 de outubro de 2013
pense nisso
Nunca esqueça! Você é portador de uma grande potencialidade. Há uma força dentro de você que o impulsiona para a felicidade! Por isso, não deixe os obstáculos interferir seu caminho! Se não conseguir pulá-los, apenas os contorne... Assim como a água! Pense nisso... por rodrigo da silva
domingo, 16 de junho de 2013
ace a
face com o oprimido:
Breve
síntese sobre a influencia do pensamento de Lévinas na justificação de uma
ética da Libertação na América Latina.
1.
Objeto
O
presente trabalho tem por objetivo investigar brevemente a influência do
pensamento do filósofo franco-lituano Emmanuel Lévinas na justificação de uma
Ética da Libertação na América Latina a partir do pensamento de Enrique Dussel.
2. Descrição2.1 Notícias biográficas
2.2 Emmanuel Lévinas
Emmanuel
Lévinas nasceu em 12 de janeiro de 1906 em Kovno, uma cidade da Lituânia, país
em que para Lévinas o judaísmo havia conhecido o desenvolvimento espiritual
mais elevado na Europa Oriental. A origem judia e burguesa marcará
profundamente sua existência. Em Kovno seu pai possuía uma livraria e desde
pequeno Lévinas aprende o hebraico e estuda o talmud e a bíblia.
Os autores russos como Pouchkine, Gogol,
Lermontov e Tolstoi o envolvem, mas sobretudo Dostoievski, no qual aprecia uma
inquietude ética e metafísica. Em 1914, em razão da Guerra emigram por
territórios russos, instalando-se, em 1916, como refugiados em Karkhov,
Ucrânia, onde posteriormente presenciam os desdobramentos da Revolução
Bolchevique que avança sobre toda aquela região, anexando em 1920 o território
ucraniano à Rússia. Embora a Revolução Bolchevique atemorizasse sua família de
certa condição burguesa, o jovem Lévinas a acompanhava com alguma curiosidade.
Em 1923 mudam-se para Strasbourg, França,
onde Lévinas cursará filosofia. Cinco anos mais tarde parte para
Fribourg-en-Brisgau, onde assiste aos cursos de Husserl e Heidegger. Em 1930
publica sua tese de doutorado do terceiro ciclo de estudos, sob o título Teoria
da Intuição na Fenomenologia de Husserl. Nos anos de 1931 e 1932
participa dos Encontros Filosóficos organizados por Gabriel Marcel.
De 1933 a 1939 ocorre o surgimento e a
ascensão do nazismo, com Hitler tornando-se chanceler na Alemanha, promovendo a
anexação e a invasão de outros países. Lévinas que havia se naturalizado
francês em 1930 é mobilizado em 1939 pelo serviço militar a fim de atuar como
interprete de russo e alemão no período da guerra. No ano seguinte é feito
prisioneiro, permanecendo durante a guerra em um campo de cativeiro na
Alemanha, com tratamento diferenciado dos demais judeus em razão de sua
condição de soldado francês. Neste período quase toda sua família que
permanecera na Lituânia é massacrada pelos nazistas. Sua esposa e filha escapam
da morte ficando escondidas em um mosteiro em Orleans. No cativeiro Lévinas
começa escrever Da Existência ao Existente, que publicará em
1947, ano em que também publica, Le Temps et l'Autre, quatro
conferências proferidas, após a guerra, no College de filosofia fundado por
Jean Wahl.
Em 1957 realiza a primeira conferência sobre
textos talmúdicos no Colóquio de Intelectuais Judeus da França.
Em 1961 publica Totalidade e Infinito,
sua tese de doutorado em Letras e é nomeado professor à Universidade de
Poitiers. Dois anos mais tarde publica Difícil Liberdade -
coletânea de ensaios sobre o judaísmo. Em 1967 é nomeado professor à
Universidade de Nanterre e em 1973 nomeado professor à Sorbonne. No ano
seguinte publica Outro modo que ser ou para além da Essência e,
em 1982, De Deus que vem à idéia.
2.3
Enrique Dussel
Enrique
Dussel nasceu em 1934, na Argentina. Licenciou-se em filosofia na faculdade de
Mendonza fazendo seu doutoramento em Madrid. Estudou Teologia em Paris
doutorando-se em história pela Sorbonne. Foi titulado Doutor honoris causa
pelas universidades de Friburgo (Suíça) e de San Andrés de La Paz (Bolívia).
Atualmente divide seu tempo entre as aulas na Universidade Autônoma
Metropolitana Iztapalapa (UNAM – México) se dedicando especialmente à cátedra
de Ética e em diversas atividades filosóficas e militantes na América Latina e
no mundo explicitando a originalidade de uma filosofia a partir da ótica dos
oprimidos que buscam a sua libertação.
Dussel
desde muito cedo, deparou-se com a inquietante busca das verdades que
transcendiam a simples redução gnosiológica da tradição ocidental. Estudou
profundamente a evolução histórica do pensamento, sempre buscando a
possibilidade hermenêutica de aproximar as sínteses possíveis com a realidade
de destruição da cultura latino-americana pela lógica da conquista ocidental.
Através da inquietação fenomenológica (Husserl, Heidegger, Merleau-Ponty e especialmente
Lévinas) e da radicalidade dos estudos marxianos e suas naturais conseqüências
à ação prática na vida cotidiana, começa a procurar, ás vezes de forma
exasperada, respostas a terrível realidade, do passado e do presente e suas
determinações relegadas à prospectividade da latinoamerica dominada e sofrida
há 500 anos. Esta jovialidade militante de Dussel pode ser verificada através
de um de seus relatos a cerca do encontro pessoal com Emmanuel Lévinas. Ele
relata que,
"Em 1972, em Louvain, reuni um grupo de estudantes para dialogar
com Lévinas, a quem perguntei: "E os quinze milhões de índios mortos na
conquista da América Latina, e os treze milhões de africanos escravizados, são
também o Outro de quem você fala?" Lévinas me olhou fixamente e me
disse: "Isto quem deve pensar é você". Por isso continuamos
desenvolvendo a filosofia da Libertação que já havíamos iniciado. Neste
encontro, no final, nos revelou: "Vejo a todos vocês como se fossem reféns".
Não entendi o que queria dizer".
2.4 Totalidade e Infinito: a obra exemplar na emergência do Outro e alteridade em Emmanuel Lévinas como pressupostos de uma nova Filosofia
Totalidade e Infinito sem dúvida é uma da obras mais importantes
de Lévinas, tendo influenciado a Filosofia da Libertação na América Latina, em
especial Enrique Dussel, Osvaldo Ardiles, Juan Carlos Scannone e outros. Aqui
Lévinas retoma reflexões e conceitos anteriores e os reorganiza, agora
abordando a relação entre totalidade e exterioridade, o mesmo e o outro, a
ontologia e a metafísica.
O Outro enquanto Outro escapa a
fenomenologia do olhar. A fenomenologia reduz aquilo que se vê a um ente no
mundo com um sentido estabelecido a partir do projeto fundamental, do ser:
"A visão não é transcendência. Outorga
uma significação pela relação que faz possível. Não abre nada... mais além do
mesmo..."
Contudo a aparição do rosto desnudo em meu
mundo é a revelação de Outro que exige respeito e acolhida, porque é
pobre, viúva, peregrino, estrangeiro, fraco e indefeso. O aparecimento do rosto
no mundo do mesmo instaura a emergência da exigência ética: Não Matarás!
Matar para Lévinas significa negar a infinitude do Outro reduzindo-o a
um mero ente do mundo, significando-o a partir da totalidade. A transcendência
da totalidade ontológica do Eu ao Outro se dá pela abertura à
palavra do outro que emerge em meu mundo como um rosto. O Outro se
revela Outro em seu rosto, mas manifesta ser infinitamente Outro
pela sua palavra. A linguagem se torna, entretanto, apenas o espaço do encontro
do Eu com o Outro. François Poirié sintetiza este encontro na
filosofia de Lévinas dizendo que:
"A linguagem não é mera experiência, nem
um meio de conhecimento de outrem, mas o lugar do Reencontro com o Outro, com o
estranho e desconhecido do Outro".
No diálogo que se expressa, o sentido da
palavra interpelante sempre escapará à hermenêutica do Eu que nunca
conseguirá interpretá-la adequadamente. O Outro e sua Palavra enquanto
categoria transcendental levinasiana jamais poderá ser reduzida a uma
psicologia, sociologia ou outro razão qualquer, sem des-figurar o rosto
do Outro ao tentar abarcá-lo.
Somente na relação de face-a-face
(expressão fundamental para compreender o intento levinasiano), entre o Eu
interpelado e o Outro, que se estabelece a proximidade, cujo sentido
primordial e último é a responsabilidade do Eu pelo Outro, sem exigência de
reciprocidade, pois se houvesse tal exigência não se trataria mais de uma
relação des-inter-essada. Para Lévinas, nesta responsabilidade
constitui-se a subjetividade do sujeito:
"Esta fenomenologia da proximidade toca
uma esfera que, na subjetividade, precede a intencionalidade, tendo uma trama
espiritual anterior à consciência, ao saber e ao tempo rememorável".
O movimento primordial do homem não é a
significação do mundo, mas o desejo (desir). No âmbito da consciência,
ou melhor, dizendo, da auto-consciência, é impossível ao homem sair de si
mesmo, o verdadeiro contato como a relação do Outro só é possível com o
desejo e a necessidade (desinteressada).
O Desir do Outro enquanto Outro
é então o Desejo da Transcendência pois deseja o Outro que como
tal não pode ser visto sob a fenomenologia do olhar, sob a luz da razão na
mesmice da totalidade. Permanece sempre um mistério não solucionado como Desir
do Infinito: pois só o Outro como Outro revela-se infinitamente Outro
não podendo ser aprisionado em um conceito, ou categoria, expressão filosófica
com suas determinações imanentes, manifestando-se sempre como surpresa e
novidade da proximidade in-abarcável.
Em outra dimensão: o Desir Metafísico
desejando o Outro para além da totalidade ontológica de um sentido que a
ele se estabeleça previamente em nosso mundo. Este Desejo insondável move o Eu
e o Outro na relação que conduz ao face a face, que se realiza como
proximidade em uma relação interpessoal de responsabilidade aberta ao Infinito.
Tal Desejo não se conclui no gozo, pelo contrário o desejado não satisfaz o
Desejo, mas o aprofunda. A metafísica, conforme Lévinas, deseja o outro para
além das satisfações.
Esta nova metafísica, este novo estatuto
ontológico da alteridade pensado por Lévinas questiona a ontologia da
totalidade:
"A ontologia que retorna o Outro ao
Mesmo... renuncia ao Desejo metafísico, à maravilha da exterioridade, da qual
vive este Desejo. (...) A filosofia do poder, a ontologia, como filosofia
primeira que não questiona o Mesmo, é uma filosofia da injustiça".
A relação ética movida pelo Desejo metafísico
torna-se, portanto, anterior a qualquer filosofia, teoria ou projeto político.
Por isso que a ontologia da totalidade, da mesmice não responde à interpelação
ética da alteridade: o próprio Ser-para-o-outro é a própria condição de
constituição da intersubjetividade humana, emergindo da neutralidade de um Eu
que só percebe o Mesmo, de um haver impessoal e da significação neutra dos
entes do mundo no horizonte do ser decerrado em si, onde todos os seres humanos
e sua história são reduzidos a movimentos de conceitos no plano do
conhecimento, compostos teórica e praticamente em função de projetos que os
reduzem a entes que podem ser manipulados efetivando as inúmeras formas de
injustiça e negação.
No face a face, na relação de
proximidade entre o Eu e o Outro, estabelece-se a abertura definitiva da
intersubjetividade: o Outro situa-se num plano mais elevado que o Eu.
Pela sua palavra o Outro é educador supremo do Mesmo e o ensina a
desdobrar-se na limitação subjetiva. Deve o Mesmo julgar sua vida a partir da
palavra do Outro com a consciência de que jamais se é justo o
suficiente. Nesta relação o Eu percebe-se res-ponsável e, somente no
exercício de tal responsabilidade é estabelecida a proximidade. Perante o Outro
a atitude humana é dizer Eis-me aqui!. Esta disposição de fazer alguma
coisa por outrem, esta dia-conia é anterior ao dia-logo. O rosto, que emerge no
mundo, simultaneamente nos pede e nos ordena, isto é, interpela-nos, pede-nos
na condição ética de nos ordenar. Contudo, por mais que o eu assuma a sua
responsabilidade pelo outro, não se pode exigir reciprocidade, pois a
responsabilidade do outro é problema dele.
2.5 A Ética como filosofia primeira: justificações ontológicas da Ética da Libertação em Enrique Dussel
A proximidade da filosofia de Emmanuel
Lévinas com a justificação da Ética da Libertação na América Latina se expressa
primeiramente na concepção crítica à ontologia da totalidade e seu ao
contraponto: a Ética como filosofia primeira. Dussel parte da exploração, do
massacre de séculos dos povos periféricos, considerados de terceiro mundo pelos
povos de primeiro mundo justificados na ontologia da totalidade. Isto tudo
aconteceu e continua acontecendo quando o Mesmo fecha-se em si, torna-se
auto-suficiente, melhor, etnocêntrico e não aceita o Outro, a
alteridade. Não abre-se para o diferente, o novo, o dinâmico. Este, aceito,
poderia constituir uma ameaça para o Mesmo (o Outro precisa ser
eliminado). O Outro quase nem é percebido. Na ontologia da totalidade
não há espaço para o Outro, pois Outro, neste sentido, significa
o não-ser, a negatividade.
Contra a lógica que não aceita a exterioridade, Dussel
propõe a analética, isto é, tenta organizar um discurso a partir da liberdade
do outro; nesta lógica o Outro apresenta-se como alteridade quando
irrompe como o estranho, o diferente, o distinto, o pobre, o oprimido, aquele
que está a beira do caminho, fora do sistema e mostra seu rosto sofredor e
grita por justiça. A analética tem origem não na ordem estabelecida da
totalidade, mas no Outro, que encontram salvaguarda nas categorias
dusselianas do índio, do negro, dos explorados. Antonio Sidekum sintetiza esta
proximidade dizendo que:
"As categorias bíblicas, o órfão, o
pobre, a viúva e o estrangeiro, utilizados na filosofia de Lévinas, recebem uma
concreta significação e destino na filosofia da libertação. O outro é o
oprimido que se chama o índio, o campesino sem terra, o marginalizado nas
periferias dos grandes centros urbanos, o desempregado, o pobre do povo que
clama por justiça. A revelação deste outro exige uma correspondente práxis
libertadora".
A práxis libertadora constitui-se num novo
projeto histórico que aposta na liberdade de Outro, dá ao oprimido a
possibilidade de ser livre, tentando superar o pecado da dominação. A práxis
libertadora abre caminhos para a posteridade.
Na ordem vigente tornou-se habitual, normal a
dominação sobre. A América Latina é marcada profundamente pelo ethos da
dominação. Isto acontece em dois momentos: o primeiro é quando explorada pela
totalidade européia ou norte-americana; o segundo acontece quando um grupo
(latino-americano) explora o resto do povo.Sentimos a necessidade de
primeiramente nos determos a respeito de alguns conceitos chaves na filosofia
de Dussel. Estes, certamente nos possibilitarão uma maior compreensão da
filosofia latinoamericana e deste trabalho. Todos estes conceitos que a seguir
exporemos não são novos, porém Dussel faz uma nova leitura: pensa a partir das
nações oprimidas e dominadas da periferia:
1.
Proximidade
A filosofia grega e a européia moderna vê o Outro
como distante, diferente, o não-ser; aquele que foi "descoberto",
dominado, controlado. Esta é a ontologia da totalidade: "o ser é, e o
não-ser, não é".
O discurso que Dussel pretende é o que está
além desta ontologia: a proximidade. Esta é uma categoria do face a face: entre
filho(a) e mãe na amamentação; homem e mulher no relacionamento amoroso;
ombro-a-ombro dos irmãos. Nestas categorias exemplifica-se a proximidade, a
essência do homem, sua plenitude.
Neste relacionamento, o outro sempre precisa ser respeitado
como outro, distinto, diferente.
O homem quando nasce é acolhido por alguém, esta é a
primeira categoria da proximidade, esta é anterior a toda tematização da
consciência. A proximidade é a raiz da práxis e o ponto de partida de toda a
responsabilidade pelo outro.
Na história, a proximidade acontece no face a face com o
outro; especificamente, na América Latina, a proximidade realiza-se no face a
face com o povo oprimido, aquele que é exterior a todo o sistema e clama por
justiça.
1.1.2. Totalidade
O mundo não é a soma exterior dos entes, mas, a totalidade
dos entes com sentido. O mundo seria o espaço no qual o ente encontra o
sentido.
A diferença entre mundo e cosmos é que do cosmos fazem
parte todas as coisas compreendidas ou não pelo homem, enquanto
"mundo" é a totalidade do sentido compreendida pelo homem. Sem a
presença do homem não haveria "mundo", neste sentido; somente cosmos.
O cosmos é anterior. Conforme Regina:
"Como totalidade espacial o mundo sempre situa
o eu, o homem como sujeito, como centro e, a partir de tal centro, organizam-se
espacialmente os entes. Os que estão próximos sãos os entes que têm
sentido"
Neste sentido, a filosofia da Libertação procura detectar a
origem da situação de dependência, dominação da América Latina; também procura
identificar a origem do sofrimento do povo Latino Americano e sua aparente
incapacidade de desenvolver-se.
1.1.3. Metafísica da Alteridade
No Ocidente a tradição filosófica vigente é a ontologia da
totalidade, negadora do outro como outro.
Para falar da metafísica da alteridade Dussel faz uso de um
texto bíblico: Ex 33,11. Javé falava com Moisés face a face como o homem que
fala com uma pessoa que lhe é íntima. O face a face é uma das categorias mais
importantes do pensar de Dussel. Isto significa a proximidade, sem mediação, o
aceitar o outro como outro, expor-se frente a frente com o Outro numa
relação de autenticidade. O face a face é o encontro de uma "totalidade
aberta" e da alteridade que se revela. Sãos dois pólos abertos um ao
outro; o outro permanece distinto, sem unidade prévia. O outro sempre constitui
um mistério inapreensível totalmente. É impossível compreender o outro do mesmo
modo que compreendem as coisas. A compreensão do outro faz-se através do ouvido
atento ao "mundo" do Outro. Segundo Ames:
"Quando se reconhece o outro como alguém, um
além da totalidade, é possível uma "práxis de libertação" que procura
reconstituir a alteridade, a liberdade de quem vive oprimido na totalidade.
Essa práxis é essencialmente anti-fetichista, porquanto nega a falsa divindade
da totalidade (o "fetiche"), no serviço ao "pobre" erótico,
pedagógico e político".
1.1.4. A exterioridade
O mundo é o mundo do sentido. Às vezes, porém, os entes ou
o rosto das pessoas irrompem e não despertam o sentido; o outro quase não é
percebido como outro e a sua presença parece algo que tem pouco sentido, por
exemplo, o motorista de taxi parece ser parte da mecânica do carro, etc.
O outro revela-se como outro quando resiste em não ser
algo, mas alguém "indivíduo", que interpela, deseja ser visto como
tal. Este homem está transcendendo as "determinações normais" da
realidade.
O querer ser livre implica uma realidade prática: assumir
(estar consciente de sua situação) e lutar pela mudança. Para isto é necessário
libertar-se primeiro da alienação e gritar contra o sistema injusto que oprime
e exclui o pobre.
O pobre não tem lugar, não tem vez porque dentro de uma
estrutura (ontologia da totalidade) não há espaço, por ser ele uma
negatividade; é um não-ser às margens da totalidade. O pobre, então, é visto
como alguém que precisa ser "ajudado", precisa de um prato de comida,
mas nada se faz para mudar a estrutura de opressão para que o pobre se liberte.
A "lógica da exterioridade", segundo Dussel,
tenta organizar seu discurso a partir da liberdade de outro. A origem deste
discurso (desta lógica) está no outro como pobre, oprimido, ignorado e no seu
reconhecimento como ser.
1.1.5. Ethos: a fundamentação da Filosofia da Libertação
O ethos emerge em um mundo cultural, de um grupo,
num período da história. As pessoas, no dia-a-dia diante das coisas adquirem
hábitos, atitudes, modo de agir, e dão significados às coisas e atos. Isto
constitui uma maneira de ser e de habitar o mundo. Segundo Dussel:
"O
ethos é a maneira como cada homem e cada cultura vivem o ser. Se há história do
homem, há também história do ethos".
O acesso ao ethos faz-se através da escuta do outro, depois
de cessar todas as nossas evidências. O ethos na maioria das vezes não é
verbalizado, vive-se. Por isso seria muito difícil compreender o ethos através
de biografias, informações, pré-compreensões, etc. É necessário "entrar no
mundo do Outro", "viver o mundo do Outro", tentar compreender o
mundo do outro a partir do outro mesmo. Só assim é possível descobrir quantos e
quão preciosos valores há no Outro.
Dussel ao pensar uma nova ética, pensa na perspectiva dos
sofredores latino-americanos e o faz à luz da história – na dominação do Mesmo,
do Ethos da dominação: Agostini relata releitura da história da dominação a
partir das categorias dusselianas:
"Os conquistadores dispuseram a seu bel prazer
dos bens e das vidas descobertas nas novas terras. Para nada se levou em conta
o direito dos aborígenes sobre suas vidas, sua religião, sua cultura e suas
terras. Para a totalidade não existe nada mais senão ela mesma; tudo o que
percebe e o que valoriza é desde a sua própria mesmidade. O neo-colonialismo
posterior e a atual dependência econômica de nossos povos prolonga a prática
dominadora da mesmidade: nenhum povo dependente pode ter outro destino
histórico ou criar outro projeto do que aquele que é imposto pelo
império".
Esta mesma perspectiva hoje se repete no plano econômico,
político e cultural. O Outro "parece um mero receptor,
consumidor" de produtos industrializados "pela totalidade", de
planos político, modelos pedagógicos, músicas, teatro, filmes, linguagem,
gírias, etc. Enfim, o Outro está encontrando dificuldade para ser realmente
Outro.
3. À Guisa de uma conclusão
Percebemos claramente a influência da filosofia de Emmanuel
Lévinas na justificação de um Ética de Libertação na América Latina a partir
das categorias dusselianas. Esta influência deve ser entendida na abertura que
o pensamento levianasiano trás no espírito da filosofia ao negar a ontologia da
totalidade e apresentar a Ética como filosofia primeira revelada na epifania do
rosto do Outro. Porém, Dussel traduzirá esta influência em pura
criatividade: ao transportar as categorias de relacionalidade e proximidade
levinasiana à realidade histórica e atual da América Latina, percebe, que o Outro
é o pobre, o indígena, o trabalhador explorado pela estrutura liberal, etc.
A inovação da filosofia da libertação é procurar instaurar
uma práxis de libertação para que o oprimido possa ser ouvido, para que sejam
respeitados em seus direitos, em sua liberdade; para que a negatividade do Outro
possa ser positividade, isto é, a afirmação da alteridade. Isto com certeza
não será algo vindo gratuitamente a partir da totalidade, mas será algo
conquistado com muito esforço e muita luta.
Penso que um tal trabalho começa pela dissolução de todos os pré-conceitos,
as pré-determinações dos imperativos filosóficos que não percebem a
interpelação ética expresso no face a face; como o sentimento propagandiado
diariamente de inferioridade, incapacidade de um pensamento próprio, etc, dos
quais somos vítimas.
João Omar Martins Gomes
Breve bibliografia sobre levinas
"Emmanuel Levinas nasceu em Kaunas, na Lituânia, em 1906.
Desde sua mais tenra idade a bíblia hebraica inspirou sua vida e seu pensar. A
Revolução Russa de 1917 forçou sua migração para a Ucrânia e, mais tarde, fixou
residênciana França, onde se naturalizou. Em Estrasburgo e Friburgo conheceu o
pensamento ocidental e conviveu com grandes mestres da filosofia, entre os
quais Husserl e Heidegger. sua tese de doutorado La
théorie de l'intuition dans la Phénoménologie de Husserl foi
ocasião para tornar-se um dos grandes fenomenólogos da França. Conheceu de
perto, em Paris, J. P. Sartre, G. Marcel e os filósofos da revista Esprit.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Emmanuel Lévinas experimentou
as durezas dos campos de concentração na Alemanha e na Bretanha. Lá conviveu de
perto com as conseqüências de uma ontologia que coloca o eu imperialista na
determinação de seu agir ético. Uma tal filosofia é capaz de gerar crueldades
semelhantes a estas que dilaceram tudo o que poderia vislumbrar-se de humano.
De volta deste cativeiro dirigiu por dezoito anos a Escola
Normal Israelita Oriental de Paris e, na época, deu conferências no Collège
Philosofique, como colaborador de J. Wahl, seu amigo pessoal. Em 1971 recebeu o
prêmio Albert Schweitzer. Seu pensamento filosófico, que antepõe a Ética à
Ontologia, invade cada vez mais pensadores e estudiosos em todas as áre Levinas
completou sua carrreira acadêmica como professor da Universidade de Sorbone. Na
manhã de 25 de dezembro de 1995 veio a falecer em Paris, aos 89 anos de idade.
O legado filosófico deixado vem despertando cada vez mais interesses no mundo
inteiro.as
de pesquisa." *
CONDIÇÕES DE DEFINIÇÃO E CONDIÇÕES DE IDENTIFICAÇÃO
Condições
de definição há diferença em relação as condições de identificação? De acordo
com o autor, a sim. Ele usa o exemplo da nota de um dólar. Abaixo relatado.
“Por
analogia, considere a distinção que traçamos entre as condições que definem que
algo e uma nota de um dólar e os critérios que usamos para identificar notas de
um dólar. Identificamos as notas de sobretudo com base em sua aparência.
Procuramos a efígie de George Washington, o número 1, as palavras “Federal
Reserve Note”, o selo da Secretaria do
Tesouro, etc.”[1]
De
acordo com o autor os conceitos para identificar são importantes mais não são
suficientes. Havendo assim critérios a mais para identificar. Voltando ao
exemplo de 1 dólar, ao achar um papel no chão ele pode ter as mesmas
características superficiais, mais o papel é outro e nem perceberíamos,
portanto estaríamos sendo enganados. Não passava de uma imitação barata.
“Para
ser uma nota de um dólar o pedaço de papel tem de ter (a) ter uma origem
adequada (ser emitido pelo governo federal), (b) funcionar de uma maneira
determinada na economia ( ser usado para comprar e vender) e (c) ser identificável pela maioria das
pessoas que operam na economia.”[2]
Acima
alguns critérios de definição. Voltando lá trás nas notas falsas de um dólar,
digamos que as mesmas fossem fabricadas nas proximidades da casa da moeda norte
americana. Tudo bem que essas notas são falsas pelo critério de tinta, do
papel, entro outros detalhes. Mais é uma nota de um dólar pelos critérios de
identificação mais sem valor, sabemos isso pelo o que constitui ela. Mais no
caso de uma ataque terrorista a casa da moeda, acabando com tudo o que ali
avia. Neste momento não há mais como se fabricar a moeda norte americana, sendo
assim tem que recorrer a aquele falsificador.
Pois bem, antes não valia por uma série de
definições que não se encaixava, mais agora passa a valer. Apesar de ela se
identificar e definir como uma nota falsa mais agora tem valor. Se percebe que
as condições de identificação e de definição são as mesmas perante a nota. Como no caso de “ter uma
origem adequada”, todas as duas condições aponta a mesma característica para
que alguém chegue até aquela nota.
vitor
schlickmann
CONDIÇÕES DE DEFINIÇÃO E
CONDIÇÕES DE IDENTIFICAÇÃO
Trabalho de graduação
apresentado à disciplina de Teoria do Conhecimento do curso de filosofia do
centro universitário de Brusque- Unifebe.
Orientador: Emersom
BRUSQUE
2005
EXPLICACIONISMO AMPLO
Partem da idéia de que, uma
epistemologia verdadeira fundamenta-se sobre
posições teóricas que não se reduzem a nenhuma das ciências. Ou seja,
parte da idéia que uma boa explicação é de um valor intelectual de alcance
geral. Para eles, apresentar o máximo de clareza sobre determinado assunto é o
que um ser humano precisa para conhecer, isso independente da ciência. As boas
explicações não precisam ser necessariamente cientifica.
O explicacionismo amplo assevera que
nossos objetivos fundamentados em parte pelas ciências, devem nortear a
regulação de nossas crenças. Há também alguns “naturalistas substitutivos”[1] que são
favoráveis a algum tipo de explicacionismo.
Os explicacionista tem uma dupla
meta fundamental(isso independente de aceitar ou não os valores científicos).
Primeiro seria adquirir verdades informativas, e segundo é de evitar as
falsidades. Ir sempre em busca do maior numero de argumentos explicativos, para
se chegar a uma verdade explicativa. Chegando a essa verdade, pode se evitar as
falsidades.
Há também uma meta fundamental para aqueles
que valoriza as ciências que é de aumentar o máximo o valor explicativo do
nosso sistema de crenças em relação ao mundo e ao lugar que nele ocupamos. Ou seja, buscar precocemente a melhor
explicação para a aquisição de verdades informativas e fulgindo das falsas.
Claro que a ciência em sua meta principal, o seu esforço é de sempre buscar a
verdade.
Os
explicacionista tem um relação com a “racionalidade instrumental”[2], tal que,
os valores e os objetivos fundamentais repousam sobre os mesmos.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE-UNIFEBE
VITOR SCHLISKMANN
EXPLICACIONISMO AMPLO
Trabalho de graduação apresentado à disciplina de
Teoria do Conhecimento do curso de filosofia do centro universitário de Brusque
– UNIFEBE.
Orientador: Adilson Koslowski
BRUSQUE
2005
[1]
Naturalismo substitutivo coloca que a filosofia é possível substituir pelas
ciências naturais
[2]
Racionalidade instrumental; não determina os objetos mais são determinados por
eles( usando um exemplo se você tem sede o racional é ir buscar a água para
mata-la, então quem determinou aqui foi a sede e não você).
EDUCAÇÃO E POLÍTICA
Durante este trabalho será levantado algumas linhas mestres da visão
pedagógica de Paulo Freire. Sua teoria educacional. Suas idéia ilustradas neste
capitulo estão situados a mais de vinte anos atrás, quando a taxa de
analfabetos era muito alta.
Paulo Freire propõem uma visão livre para a educação. Onde os educandos
tem a liberdade de criticar de ter uma participação livre das aulas.E os
educadores não devem exercer a função de professor, o diálogo é condição
essencial de se apresentar o conteúdo. As aulas não devem ser impostas palavras
e mais palavras e sim iniciar com palavras em que o povo, mesmo analfabeto ouve
todo dia. Essas que estão na experiências vividas. A partir delas descobrir
suas silabas, fazendo com que as pessoas descubram a sua língua escrita.
Uma pessoa jamais deve ser imposto a educação, ela deve começar livre
estudar. Ela deve ser conscientizada a estudar. Deve-se conquistar o saber
através do exercício livre da liberdade. “...todo aprendizagem deve
encontrar-se intimamente associado à tomada de consciência da situação real
vivida pelo educador.”(FREIRE, P. p. 6)
O educador deve iniciar apresentando imagens, que lembra muito o
educando. Deve fazer que o mesmo se situa dentro da cultura ao qual o aluno
criou. Esse situar-se, já é um aprendizagem ao aluno e mais ainda é uma tomada
de consciência da necessidade de aprender.
“A compreensão desta pedagogia em sua dimensão prática, política ou
social, requer, portanto, clareza quanto a este aspecto fundamental: a idéia da
liberdade só adquire plena significação quando comunga com a luta concreta dos
homens por libertar-se.”(FREIRE, P.
p.9)
esta pedagogia foi colocado em pratica nos anos 60 e com resultados
muitos positivos. Milhares de pessoas em 45 dias eram alfabetizados pessoas.
Pessoas se tornavam criticas e com suas opiniões próprias. Mais o fatalismo do
comunismo, do golpe militar no Brasil inibe estes círculos (nome dado as rodas
onde se ensinava este novo método de se ensinar de Paulo Freire).se percebia no
mesmo o “gérmen da revolta”, de pessoas criticas que enfrentavam o governo.
A grande preocupação de Paulo Freire, “uma educação para a decisão, para
a responsabilidade social e política. Nas linhas de sua filosofia existencial
sua única exigência específica, e esta
exigência define claramente os termos do problema, é que teria o homem
brasileiro de ganhar esta responsabilidade social e política, existindo essa
responsabilidade.”(FREIRE, P. p. 12)
A democracia é uma conquista de todos e não se pode haver um autoritarismo
por parte de alguns. Todos tem o mesmo direitos não importa se é analfabetos. E
se quer um alavanca para o crescimento na economia tem que alfabetizar. E toda esta tomada de
consciência e de alfabetização cabe aos políticos passarem. Mais o problema do
Brasil, está em quem ta no poder. Os mesmo já vem de classes em geral médias,
nunca tiveram problema com a alfabetização, sendo assim não se importam dom os
analfabetos. Mesmo que a curto prazo ensinar só trás prejuízos.
Todo analfabeto deve ser conscientizado sobre a democracia, deve ter o
mesmo direitos de uma pessoa alfabetizado. Infelizmente o governo só se
interessava por este povos se de alguma forma ele os conseguisse manipula-los.
Mais com as idéias de Paulo Freire, já em pratica não foi mais possível
controlar a massa popular. Com estas idéias Paulo Freire foi parar no exílio.
“Uma pedagogia que elimina pela raiz as relações autoritárias, onde não
há escola nem professor, mas círculos de cultura e um coordenador cuja tarefa
essencial é o dialogo. Os políticos exerceram no essencial uma política
autoritária de manipulação. O educador, cujo campo fundamental de reflexões é a
consciência do mundo, criou, não obstante, uma pedagogia voltada para a prática
histórica real.”(FREIRE. P. p.26)
REFERÊNCIA
FREIRE,
Paulo. Educação como prática da liberdade. 18º ed. Rio de Janeiro.
Editora paz e terra, 1983, p. 01 à 26
CENTRO
UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE -UNIFEBE
VITOR SCHLICKMANN
EDUCAÇÃO E POLÍTICA
Projeto apresentado na disciplina de Filosofia da
Educação, do Curso de Filosofia, no Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE
Orientador: Prof. Zezinho
BRUSQUE
2005
PEDOFILIA
“Pedofilia, vem do grego παιδοφιλια < παις
"garoto, criança" e φιλια "amizade", ( ICD-10 F65.4).
Caracteriza-se por uma forte atração sexual por parte de um adulto ou um
adolescente em relação a crianças. Pedosexualidade também é usado como sinônimo.”[1]
“Associação de Psiquiatras Americanos, define Paedophilia erotica como:
A - Por um período de ao menos seis meses, a pessoa possui intensa atração
sexual, fantasias sexuais ou outros comportamentos de caráter sexual por
pessoas menores de 13 anos.
B - A pessoa decide por realizar seus desejos, seu comportamento é afetado
por seus desejos e/ou tais desejos causam estresse ou dificuldades
interpessoais
C - A pessoa é maior de 16 anos, e ao menos 5 anos mais velha do que a(s)
criança(s) citada(s) no critério A. ”[2]
A psicanálise define a pedofilia
como uma perversão sexual. Não se trata, propriamente de uma doença, mas de uma
parafília. Parafilia é um distúrbio psíquico que se caracteriza pela obsessão
por práticas sexuais não aceitas pela sociedade.
A
pedofilia as vezes determinado como amor sexual por crianças, são uma aberração
ao homem. A criança nunca é parceira na relação de um pedófilo, mas é um
objeto. Ela é um ser indefeso dominado sadicamente.
Os
casos de estupros a menores, felizmente são visto como horrores pela sociedade.
Principalmente no caso de ataques a meninas, pelo valor que se dá a menina, por
ser uma pessoa mais sensível e mais frágil. Já aos meninos embora relatado não
suscita as mesmas emoções violentas nas pessoas.
“Os ataques sexuais sobre crianças
geralmente tomam a forma de abordagem verbais ou exibição genitais, ou podem
consistir em fazer carinhos na criança sem qualquer contato especificamente
genital.”[3]
No caso de se acariciar tanto do
pedófilo, como da criança são em proporções bem menores. Já o ato sexual, se torna raro.
Não
há uma justificativa que vem a ser aceito pela sociedade integramente. Mas o
que leva um homem a cometer tal ato? Se levanta a privação sexual, a
incapacidade para travar contato com pessoas de sua idade, o álcool, danos
celebrais, ou seja, uma pessoa não estando na sua normalidade.
“O prefeito de uma pequena cidade,
que recentemente enviuvara,é atormentado por desejo sexual insatisfeito. Quando
acidentalmente ver uma moça de 12 anos, se banhando nua no bosque, suas emoções
se sobrepujam-lhe os escrúpulos, e a ataca. Ela chora e grita e para faze-la
parar de gritar põe a mão em torno de seu pescoço e mata-a acidentalmente. A
história termina com o suicídio do prefeito.” (STORR, p.96)
Esses casos não são lá muito
freqüente, mas a pessoas que sente atração compulsiva desse tipo de ato. E
algumas dessas pessoas são encapasses de controlar essa atração. E depois do
ato as mesma se envergonha amargamente na maioria dos casos.
São cometidas em criança pela
facilidade de persuadir a mesma. E mais “a criança é mais impressionável, e um
homem que acredita jamais vir a ser admirado por uma mulher pode esperar que
crianças lhe dediquem a estima que ele não pode conquistar com pessoas de sua
própria idade.” [4]
Há adultos que só se sente a vontade
com crianças. Mais há aqueles que sente desejo por adolescentes, principalmente
com virgens. A virgindade agrada aos homens por assegurar não haver competidor.
A casos onde não houve a afetividade
necessária em casa, tentasse de alguma forma compensar-se assim que se torna
independente.
As crianças entram, após o abuso, em estado
emocional horrorizada, deixando seqüelas
até o final da vida. O adulto tenta satisfazer seus desejos pessoais nas custas
das crianças mais esquece, ou finge que esquece, que estará marcando a vida da
criança. Está abrindo uma enorme ferida e que sua cicatriz estará presente até
o ultimo dia de sua vida.
Mais ainda, para a criança o adulto
por qualquer motivo descontrolado, sendo bêbado, nos caso de abusos sexuais
entre outros, o mesmo se torna um assustador. Acaba amedrontando a mesma,
podendo interferir na capacidade ativa do amor conjugal da futura criança. A
ainda o risco de perturbação emocional por parte da criança, logo ou no futuro.
E quem comete um crime deste tem que
ser punido rigorosamente, tem que passar por psiquiatras e médicos. Uma pessoa
desta, necessitam de tratamento para não piorar ainda mais a situação. Para que
não venha mais acontecer tamanho delito.
As crianças são seres inocentes, que
tem uma vida inteira pela frente. Não argumento que justifique a pedofilia. Não
há como justificar um adulto querendo satisfazer seus desejos nas costa de uma
criança, passando por cima da fragilidade de um ser inocente.
O
psicanalista francês, especializados em
pedófilos Patrik Dunaigre defende a existência de dois tipos de pedofilia: A de
sedução e a preferencial. A primeira é mais difícil de detectar. Alguns adultos
principalmente homens atacam a criança sem ser percebidas e sem sentirem
excitados. Na maior parte dos casos são carícias, inocentes cócegas e beijos
calorosos nas partes intimas das crianças.
O
perigo residem na pedofilia preferencial, ocorre quando o agressor escolhe
deliberadamente, bebes, crianças na pré-puberdade antes dos treze anos, com
obscuros desejos sexuais.
Nos
EUA cerca de 80% dos casos de abuso sexual acontece na intimidade do lar, com
padastros, tios e pais.
A
OM da saúde define a pedofilia como ocorrências com crianças abaixo de 13 anos.
Pedofilia é um conceito de doença que abarca uma variedade de abusos sexuais de
menor até os homossexuais.
Por medo da reação da sociedade,
grande parte dos casos de pedofilia familiar não vem à tona. Os casos são
muitos numerosos perto do que nós sabemos.
Tais violências contra crianças
fizeram a UNESCO, e o órgão da ONU que lida com infância e a juventude há uma
batalha árdua com os pedófilos. No Brasil a o projeto sentinela, implantado
desde o ano de 2000.
Um perfil do pedófilo. É uma pessoa
de 16 anos ou mais se sente atraído sexualmente por crianças ou
pré-adolescentes. Apresenta uma sexualidade pouco desenvolvida e teme parceiros
em iguais condições sexualmente inibido, ele escolhe o parceiro vulnerável.
Usar uma criança é ter uma ilusão de potencia.
É tarefa difícil lidar com o
mundo da pedofilia. O certo é que a inocência infantil deve ser preservada para
que ela tenha um futuro livre de traumas. O pedófilo de hoje é uma criança
molestado ontem.
As
crianças geralmente se comunicam indiretamente quando estão sendo amolentadas,
como o uso excessivo de preto nos desenhos, figuras mortas ou pessoas mutiladas, desenhos de pessoas e
objetos em forma de pênis por exemplo, entre outros detalhes.
Alguns
números, usando a nossa capital Florianópolis,
de janeiro a julho deste ano, os conselhos tutelares de Florianópolis
receberam 2005 denúncias de violências sexual no total de 173 casos sendo 153
do sexo feminino e 52 masculino. Mais esse numero a de triplicar se todos os
casos fossem denunciados.
Uma
curiosidade, enquanto para nós o abuso de meninas menores é uma monstruosidade,
em alguns paises da Ásia, meninas com 8 anos são levadas a muquifos onde suas
virgindades são leiloadas. Em geral a profissionais bem sucedidos, casados e
com filhos.
Confusões
Comuns
Uma pessoa não é necessariamente
pedófila somente por sentir desejo sexual em crianças, mas sim, quando uma
pessoa sente atração sexual somente ou primariamente por crianças. O termo
pedofilia é muitas vezes usada, de forma informal mas na maioria das vezes
errada, para descrever pessoas que praticam abuso de menores ou que produzem
pornografia infanto-juvenil.
Uma pessoa que abusa sexualmente de
crianças não é necessariamente pedófila, pelo contrário, a maioria dos casos de
abuso sexual de crianças envolve parentes próximos da vítima (pais, padrastos,
tios, amigos, primos, irmãos, etc), que se aproveitam principalmente da
fragilidade da vítima para satisfazer seus desejos.
O contrário também vale, um pedófilo
não necessariamente abusa sexualmente de crianças, seja por vontade própria ou
por motivo de força maior (vigília de autoridades policiais ou médicas, por
exemplo).
BIBLIOGRAFIA
STORR,
A.. Desvios sexuais. 2ª. Ed. Rio
de Janeiro, Zahar, 1976.
MORAES,
F. Lute contra os abusos antes de vê-lo. Diário Catarinense. 14 de
agosto de 2005, P. 34
VITOR
SCHLICKMANN
PEDOFILIA
Trabalho a ser apresentando à disciplina de
Ética do Curso de Filosofia, de Centro Universitário de Busque, solicitado pelo
professor Pe. Dr.
Marcio Bartel.
BRUSQUE
2005
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