LINEAMENTOS GERAIS
O
positivismo que expande-se por toda a Europa, dominando boa parte da cultura
local. Foi uma época de paz substancial e ao mesmo tempo uma época de expansão
colonial pela Ásia e pela África. E com isso a Europa consumou sua transformação
industrial. As cidades se multiplicaram, quebrando o equilíbrio entre o campo e
a cidade. A medicina achou a cura a varias doenças infecciosas. A revolução
industrial mudou radicalmente o modo de vida da Europa.
A
ciência se entrelaçou com a revolução industrial, dando a tecnologia as
industrias e essas aumentava a produtividade. “Substancial estabelecida
política, o processo de industrialização e o desenvolvimento da ciência e da
tecnologia constituem os pilares do meio sociocultural que o positivismo interpreta,m
exalta e favorece.”[1]
Os
grandes males da sociedade não tardarão para aparecer, como os desequilíbrios
sociais. Mais se acreditava que, com o crescimento do saber, este que deve-se
desenvolvido desde a educação popular,
tais males seriam eliminados.
- O positivismo situa-se em transições culturais
diferentes: Na França inseriu-se no racionalismo; na Inglaterra se
desenvolveu-se inserindo-se na tradição empirista e utilitarista; na
Alemanha assume a forma de cientificismo e de monismo materialista; na
Itália aprofunda suas raízes no naturalismo renascentista. Mais detalhes,
destes itens após os pontos em comuns. Apesar de tais diversidades o
positivismo apresenta traços comuns. Segue alguns de traços a baixos:
- Diversamente do idealismo; nos conhecemos aquilo
que as ciências nos dão a conhecer.
- O método das ciências naturais; o único método de
conhecimento. E se estuda a natureza e a sociedade.
- Ciência dos fatos naturais; que estuda a
sociedade e esta que vem a ser as relações humanas e sociais e portanto a
sociologia passa a ser fruto qualificado do programa filosófico
positivista.
- O positivismo coloca a ciência, a longo tempo,
como o único meio de se resolver todos os problemas, sendo humanos ou
sociais. Afirma a unidade do método científico.
- Era que perpassa o otimismo geral; brota a
certeza de um progresso incontível, rumo ao bem-estar da sociedade repleta
de solidariedade humana.
- Concepção leiga que poderia-se conhecer tudo, sem
as teorias teológicas.
- O positivismo combateu as concepções idealista e
espiritualista.
2.
POSITIVISMO NA FRANÇA
2.1 ALGUSTE CONTE
Nascido em
Montpellier, na França em 1791. Eminentemente católico e monárquica. Aluno da
famosa escola de Polytechnique, foi secretário de Saint Simon. Versado em
matemática e foi professor na Polytechnique. Faleceu em 1857 em Paris.
Principais obras; 1824 Sistema de Política, em 1830 Curso de Filosofia Positiva
e em 1852 Catecismo positivista. É o iniciador do positivismo francês, o pai
oficial da sociologia e em certos aspectos, o expoente mais representativo do
positivismo.
Alguste
Conte teve duas fases a primeira até 1850 com a obra do curso de filosofia
positiva, a fase do racionalismo e após isso a fase mística, que se deu com a
obra o catecismo positivista. O positivismo filosófico tem como hipótese
fundamental, a evolução da sociedade é similar a evolução do ser humano. Conte
coloca a evolução humana em três estados.
2.1.1 A lei
dos três estados.
Esta lei é
o conceito-chave da filosofia de Conte. A lei se da ao conjunto de evolução do
humana, individual ou coletiva. A humanidade passa por três estágios, são: A
teologia, a metafísica e o positivismo.
Estado
teológico ou fictício; todo homem é teológico na infância. Atribuem deuses a
tudo, esta voltado a religião aos mitos. Esse é o ponto de partida necessário
para o ser humano. “Os fenômenos são vistos como produtos da ação direta e
continua de agentes sobrenaturais mais ou menos numerosos.”[2]
Estado
metafísico ou abstrato; é o estado da adolescência do ser humano. Entra o papel da filosofia, a razão. Uma
etapa de transição. “São explicadas em função de essências, idéias ou forças
abstratas(os corpos se uniram graças à simpatia, as plantas cresceriam em
virtude da presença da alma vegetativa).”[3]
Estado
cientifico ou positivo; estado da maturidade do homem. Um estado fixo e
definido. Aa ciência é a explicação valida e legitima. Só se aceita como
verdade aquilo que se pode comprovar cientificamente. “Estado positivo que o
espírito humano, reconhecendo a impossibilidade de obter conhecimentos
absolutos, renuncia a perguntar-se que é a sua origem, qual o destino do
universo e quais as causas íntimas dos fenômenos para procurar somente
descobrir, como o uso bem combinado do racionalismo e da observação, as suas
leis afetivas, isto é, as suas relações invariáveis de sucessão e semelhança.”[4]
2.1.2. A
doutrina da ciência
Estaremos
entrando na filosofia positivista, em seu estado cientifico. E este filosofia positivista “deve submeter a
sociedade rigorosa pesquisa cientifica, já que somente uma sociedade cientifica
pode ser considerado como a única base sólida para a reorganização social, que
deve encerrar o estado de crise em que se encontra há longo tempo as nações
mais civilizadas.”[5]
A ciência
não deve fornecer ao homem o domínio sobre a natureza. Conte vê como algo
urgente o desenvolvimento da “física social”[6],
uma sociologia cientifica. Sabendo que o objetivo da ciência em Conte vem a ser
a pesquisa das leis, porque para ele só o conhecimento das leis dos fenômenos,
cuja o resultado constante é de fazer com que possamos prever e portanto
sabendo da previsão posamos modifica-los em nosso beneficio.
2.1.3. A
sociologia como físico
Para
obtermos uma ordem social, para impedir a crise da sociedade é preciso o saber.
E este conhecimento é feito de leis provado com base dos fatos. E temos agora
de descobrir essas leis. Abandonar as realidades metafísicas e ir atrás da
realidade observada. “É na previsibilidade racional do desenvolvimento futuro
da convivência social que se pode resumir o espírito fundamental da política
positiva.”[7]
Portanto é
possível estabelecer as leis dos fenômenos sociais, isto através do raciocínio
e da observação. Conte divide a sociedade em estática social e dinâmica social.
Estática
social; que vem estudar as condições de existências comuns a todas as
sociedades em todos os tempos. Como, a sociabilidade em todos os tempos, o
núcleo familiar e divisão de trabalho.tudo se conciliam. A lei fundamental
desta estática á a conexão entre os diversos aspectos da vida social. Por
exemplo a política não independente da economia e da cultura.
Dinâmica
social; este já consiste no estudo das leis de desenvolvimento da sociedade.
Sua lei fundamental consiste na lei dos três estágios. Onde a teologia, corresponde
a supremacia do poder militar; a metafísica vem a ser a resolução; e o
positivismo corresponde a sociedade industrial.
Alguns
pontos decisivos da sociologia de Comte.
- A estática social indaga sobre as condições da
Ordem, enquanto a dinâmica estuda ao leis do progresso.
- O progresso humano, em seu conjunto, sempre se
concretizou seguindo etapas obrigatória, porque naturalmente necessário; a
história da humanidade vai do estágio teológico ao estágio positivo; no
entanto , Comte não desvaloriza o passado e a tradição em nome da exatidão
do futuro.
- A física social ou sociologia é fundamental para
uma política racional. O problema atual, fala Comte, é que a política está
na mão de quem nada entende do funcionamento da sociedade, como os
literatos e os advogados.
Sendo que qualquer um pode
conhecer o caminho das leis da sociedade. E isso se faz através da observação,
o experimento e o método comparativo. E
mais o método histórico que constituem a única base fundamental sobre a
qual pode realmente se basear o sistema
da lógica política. Porque jamais podemos mudar a sociedade a vontade, como se
faz em outras áreas para descobrir o melhor fundamento.
2.1.4. A classificação das
ciências
As ciências se classificam
de acordo co o seus graus de hierarquização, ou seja, sendo que as mais
complexas pressupõem as menos complexas. Indo em ordem decrescente de
generalidade e crescente de complicação, portanto, indo da astronomia para a
sociologia. Essa devem ser simultaneamente uma ordem lógica, histórica e pedagógica.
A ordem lógica é dado pelo
critério da simplicidade do objeto. Seguem a ordem iniciando pelas ciências e
caminha até a sociologia.
A ordem histórica é a
passagem de cada uma das ciências ao estado positivo. Como a astronomia que
saiu da metafísica.
A ordem pedagógica seria o
fato que as ciências deveriam ser ensinadas na mesma ordem de gênese histórica.
Mesmo seguindo uma ordem
hierárquica não significa que as ciências superiores sejam redutivos às
inferiores. E sim cada qual tem sua autonomia.por exemplo a sociologia não pode
se reduzir à biologia.
A filosofia entre no meio
de toda esta história como a metodologia das ciências, o “espírito de cada uma
delas, no descobrir as sua relações e conexões e no resumir, se for possível,
todos os seus princípios próprios em número de princípios comuns, em
conformidade com o método positivista.”[8]
O problema é que as idéias
de simplicidade e complexidade do objeto são relativas aos critérios adotados,
não são atributos absolutos dos abjetos.
2.1.5. A religião da
humanidade
A religião da humanidade
deve regenerar(dar nova existência) a sociedade com base no conhecimento das leis sociais . a
humanidade aqui está acima do individuo, é aquela que transcende os indivíduos.
Conte, fascinado pelo
cristianismo, coloca que a religião deve ser a cópia do sistema eclesiástico. E
os dogmas já estão prontos, são a filosofia positivista e as leis cientificas.
Sabendo que a mulher deve ser o nosso anjo da guarda, é a nossa protetora e
fonte da vida sentimental da humanidade. Sabendo que nesta sociedade o divorcio
não será permitido e os jovens deverão se submeter aos anciões.
“A humanidade é o “Grade
Ser”, o espaço, o grande Ambiente e a terra a Grande Fetiche esta é a trindade
da religião positivista.”[9]
página 305 306
2.2 Claude Bernard e o
nascimento da medicina experimental
Claude Bernard nasceu em
1813 e com 65 anos faleceu. Ele descobriu a função glicogenia do fígado,
apresentou uma profunda reflexão sobre a
lógica da ciência. Foi determinista e ficou famoso com a publicação do livro
“introdução ao estudo da medicina experimental”. Onde trata do método da
observação e da experimentação.
Sabendo que o experimento
sempre pressupõem alguma coisa a experimentar, e esse alguma coisa são as
hipóteses. “O método experimental, ao invés, tende a transformar as idéias a
priori , baseada em simples intuição ou em conhecimento experimental dos
fenômenos.”[10]
Bernard coloca que o homem
é fantasioso e cheio de orgulho por sua própria natureza, por isso, passou a
acreditar que os concepções ideais de sua mente, que só correspondiam aos seus
sentimentos, representavam também a realidade. E entra com o método
experimental.
O método experimental vem a ser a
imposição de uma disciplina à fantasia, já que a mesma por si só não bastava
para compreender o mundo. Uma disciplina
voltado para a eliminação daquelas hipóteses incapazes de descrever,
explicar ou prever algum aspecto do mundo real. E a ciência é fruto desse
disciplinar.
A idéia experimental é uma idéia a
priori, que se apresenta na forma de hipótese. Sua validade se julga submetendo
suas deduções ao critério experimental.
3.
O positivismo utilitarista inglês
Foi um movimento filosófico herdeiro das
teses e da atitude dos iluministas. Constituiu a primeira manifestação do
positivismo social na Inglaterra. Os representantes mais importantes do
utilitarismo vem ser o Jeremiah Bentham, James Mill e seu filho John Stuart
Mill, se levanta também Adam Smith e David Ricardo por delinear idéias
econômicas e sociais da Inglaterra. Veremos inicialmente Thomas Robert Malthus.
3.1Os problemas de Malthus
Thomas
Robert Malthus nasceu em 1766 e veio falecer em 1834. publicou em 1798 ensaio
sobre a população. E nesses ensaios ele parte de dois postulados inegáveis
sobre a população.
O
primeiro é que o alimento é necessário à vida humana. E vem afirmar que o
crescimento da população humana é infinitamente maior do que o poder que a terá
possui de produzir os meios subsistências necessários ao homem. Antes e ainda a
lei da natureza que controla o equilíbrio, que domina os animais dentro de seus
limites. Tudo muito bem definido. Já ao homem entra outra parte.
Ao homem o que o vem controla-lo é algo mais trágico.
Esse controle se dá por amargos ingredientes que vem a ser pelo vício e pela
miséria. Entra aqui o segundo item. Onde se coloca que a atração entre dois
corpos, o sexo são indispensáveis a vida humana. Mais tem de haver um meio para
se controlar a vida humana. Uma medida que consiste em impedir o aumento
excessivo da população. Ou melhor, uma medida que não venha a ser nem a miséria
e nem o vício.
Malthus
propõem abstendo-se do matrimônio por motivos de prudência e com conduta
estritamente. Precisamente se privar do matrimônio, mais é algo que quase não
se aceita mais, não venha a ser a mais valida.
3.2A economia clássica
3.2.1Adam Smith
Adam
Smith (1723-1790), pesquisou sobre a natureza e as causas da riqueza das
nações. Smith sustenta que;
1) só é produtivo o trabalho manual, que cria
bens materiais que têm valor objetivo em troca ;
2)os cientistas, os políticos, os
professores, em suma todos os produtores de bens imateriais contribuem só
indiretamente para a formação da riqueza nacional. Por isso quanto mais gente
trabalhando maior será a riqueza nacional.
3)alcança-se
ápice da sabedoria quando o estado, deixando cada indivíduo livre para
alcançar o máximo de bem-estar pessoal, assegurar automaticamente o máximo
bem-estar pessoal, assegurar automaticamente o máximo bem estar o todos os
indivíduos. Existe uma harmonia natural no sentido de que a conseqüência não
intencional do egoísmo de cada um é o bem-estar de todos.
3.2.2. David Ricardo
Assim como Smith, ele também sustenta que o
valor de um bem é igual o trabalho realizado para produzi-lo. E sabe que, para
se obter um bom preso dos produtos deve se alcançar o livre mercado. Sem
intercambio dentro e nem entres as nações. Portanto o valor da mercadoria é
dado pelo trabalho necessário para produzi-la.
Com o
aumento da população surgiu a escassez da terra e quem tinha acima do limite,
implantou a renda fundiária. O que para ele não se poderia cobrar. Mais ainda
muitos foram trabalhar em lugares longes e menos férteis e portanto mais
trabalho, seguindo o encarecimento do produto. O problema é que o dos terrenos
mais férteis são melhores e mais baratos, portanto, tornando esses
proprietários mais ricos.
Sendo assim quem trabalha não recebe o valor
de seu trabalho, enquanto outros enriquece . surgi a partir disso um sistema
anti-social. Abre-se mais uma brecha no edifício da ordem social.
3.3. Robert Owen: do utilitarismo ao socialismo utópico
Robert Owen (1771-1858), tinha a confiança de
mudar os homens através da melhoria das condições de vida por meio da educação.
E começou por ele mesmo, logo era proprietário de uma industria e daí iniciou o
que pensava. Pagava aos funcionários bons salários e tinha boas instalações de
escolas.
Os operários mostravam-se cheio de entusiasmo
o convencendo cada vez mais de suas idéias. Tentou mudar nas demais fabricas, mais
não conseguiu o mundo estava muito voltado para o lucro. Owen elaborou o
socialismo com idéias utópicas mais tarde, onde trabalhavam todos em comum.
Mais não agradou os demais filósofos, empreendedores e economistas.
3.4. o utilitarismo de Jeremiah Bentham
Jeremiah
Bentham (1748-1832), é o fundador do utilitarismo. “Uma idéia importante dele é
de que as leis na são dadas uma vez por todas, sendo modificáveis e
aperfeiçoáveis. Conseqüentemente é preciso trabalhar continuamente por uma
legislação em condições de promover a máxima felicidade para o maior numero
possível de pessoas.”[11]
Já na moral utilitarista ele sustentava os
únicos fatos verdadeiros são o prazer e a dor.
Já sobre o legislador tem que encontrar a
harmonia entre o privado, o particular com o público. E a lei penal serve como
meio para se conseguir essa harmonia. Mais mesmo assim era quase em sua
totalidade contra a pena de morte.
3.5. O utilitarismo de James Mill
James Mill (1773-1836), autor de Análise dos
fenômenos da mente humana, de uma História das Índias Britânicas e de elementos
de economia. Por mérito seu o positivismo não assumiu na Inglaterra as
características de concepção autoritária. Obteve influencia dos estóicos,
epicuristas e cínicas.
É o fundador da ciência do espírito. E mais
os fatos da mente são as sensações, das quais as idéias representam cópias.
Sendo que a lei que regula a vida das sensações e das idéias é a da
contigüidade (vizinhança, junto, próximo) no espaço e no tempo. Além de estar
muito próxima também não é possível pensar numa sem a outra. Essa associação
vai ser usada também no capo da moral, como por exemplo na idéia de prazer
excitará a idéia da ação que é a sua causa.
E mais acreditava que a razão, com a
onipotência da educação poderiam superar a política. E obter assim a felicidade
plena.
3.6.
John Stuart Mill
O mesmo era filho de James Mill. Nascido em
1806 e em 1873 veio a falecer. Acreditava de inicio que seria um reformador do
mundo mais com o decorrer do tempo “caio do cavalo”. Caído em depressão.
Neste momento da vida começou a se questionar
e ver que se todos os objetos de sua vida se realizassem não seria a
felicidade. E sim que os prazeres da vida, são o suficiente para fazer da
felicidade uma coisa agradável quando colhidas de passagem sem concedera-las
como objetos principais.
“Stuart Mill trabalhou com muita intensidade,
dentro da tradição empirista, associacionista e utilitarista, construindo um
conjunto de teorias lógicas e ético-políticas.”[12]
3.6.1Critica a teoria do silogismo
“A lógica é a ciência da prova, isto é, da
inferência(dedução/ conseqüência) correta de proporção de outras proposições.
Toda resposta a qualquer questão formulável deve estar contida em uma
proposição ou afirmativa. Toda verdade e todo erro residem na proposição.”[13]
Mas as argumentações são cadeias de
proposições, que deveriam levar a conclusões verdadeiras se as premissas são
verdadeiras. E o silogismo foi considerado como tipo de argumentação válida.
Mais qual é o valor do silogismo? Pergunta
Mill. Usando um exemplo, para esclarecer melhor. Todos os homens são mortais. O
Rodrigo é um homem, portanto ele é mortal. Mas o problema é como sabemos que
todos os homens são mortais? Sabemos por que vimos a morte de André, Pedro,...
Portanto é da experiência que atraímos a verdade das proposições.
E mais ele coloca que o silogismo não
acrescenta nada mais ao meu conhecimento ao dizer Rodrigo é mortal, já incluem
que todos os homens são mortais.
3.6.2. As ciências morais, a economia e a
política
No campo da moral, Mill reafirma a liberdade
do querer humano. De querermos agir sobre as causas da própria ação, como
agimos sobre as causas dos processos naturais sabemos que não somos impedidos
de obedece por algum motivo, mais as vezes sentimos a necessidade de resistir
ao motivo.
Já na economia ele coloca que deve ter leis
de distribuição de riqueza. “Mas estas leis dependem da vontade humana,
portanto, do direito e do costume. A distribuição é obra e exclusiva do homem,
e pode pô-las à disposição de quem quiser e nas condições que mais lhe
convenha.”[14]
A política vem para melhorar as condições dos
trabalhadores. Mill defende a teoria da independência segundo o qual o
bem-estar do povo deve ser fruto da justiça e do auto-governo. As classes dos
trabalhadores devem tomar as providências para a melhoria de sua própria
posição. Ele também defende uma democracia representativa onde todos devem ser
representados.
Sobre o
socialismo, ele tem questiona sobre o mesmo, se não põem em risco a liberdade
humana. O que impede o mesmo de aderir ao socialismo.
A defesa
da liberdade do indivíduo
“À
liberdade individual e dedicado o ensaio Sobre a Liberdade, fruto da
colaboração da mulher. O núcleo teórico do trabalho está em reafirmar “a
importância, para o homem e a sociedade, de ampla variedade de características
e de completa liberdade da natureza humana a expandir-se em direção enumeráveis
e contrastantes.””[15]
A
liberdade deve ser protegida contra a tirania da opinião e do sentimento
predominante, contra a tendência da sociedade. Nem que para isso se usa
penalidades civis.
O que
Mill defende é o direito do indivíduo a viver como lhe aprouver: “Cada qual é o
guardião único de sua saúde, seja corporal, mental e espiritual.”[16]
Naturalmente a liberdade de cada individuo acaba quando inicia a do outro. A
idéia de Mill é a maior liberdade para cada individuo, pára o bem-estar de
todos.
4. O POSITIVISMO EVOLUCIONISTA DE HERBERT SPENCER
4.1 Religião e ciência são “correlatas”[17]
Em 1860
Spencer anuncio o projeto de Sistema de filosofia que deveria abranger todo o
cognoscível. Em seus primeiros princípios, já inicia tratando da complexa e
delicada questão das relações entre religião e ciência. Onde a religião se
eleva o mérito de ter entrevisto desde o inicio a última verdade e nunca ter deixado
de insistir nela, mais também é verdade que foi a ciência que ajudou ou forçou
a religião a se purificar do seus elementos não-religiosos, como os elementos
animistas e mágicos.
Spencer
sustenta que a realidade última é “incognoscível”[18]
e que o universo é mistério. E isso é
afirmado pela religião e pela ciência. “A explicação daquilo é explicável nada
mais mostra, com a maior clareza, do que a inexplicabilidade daquilo que
permanece. Tanto do mundo externo como do mundo interno.”[19]
O mundo
continua sendo um mistério para os dois. Por maior que seja o progresso feito
na vinculação dos fatos e na formação de generalidade dos fatos, a verdade
fundamental vai continuar inacessível.
4.2 A evolução do universo: do homogêneo ao heterogêneas
para
Spencer as verdades cientifica, ampliam e aperfeiçoas o conhecimento.
Entretanto elas existes separadas, até quando a processo continuo de agrupação.
E a filosofia para ele é o conhecimento totalmente agrupado. É o processo de
unificação do conhecimento. Enquanto a ciência é parcialmente unificado.
Spencer
foi quem introduziu o termo evolução. Que é a passagem de uma forma menos
coerente a uma forma mais coerente, é a passagem do homogêneo para o
heterogêneo, é a passagem do indefinido ao definido.
“Spencer
define evolução: A evolução é a interação de matéria acompanhada da dispersão
de movimento, em que a matéria parra de homogeneidade indefinida e incoerente a
heterogeneidade definida e coerente, ao passo que o movimento contido sofre
transformação paralela.”[20]
4.3 Biologia, ética e sociedade
“A
evolução do universo é processo necessário. O ponto de partida da evolução é a
homogeneidade, que é o estado instável. E em todos os casos encontramos
progresso em direção ao equilíbrio. No que se refere ao homem, a evolução só
pode terminar com o estabelecimento da maior perfeição e da mais completa
felicidade.”[21]
biologia,
aqui Spencer sustenta que a vida consiste na adaptação dos organismos ao
ambiente,desde a comida até mesmo os órgãos dos corpos. Esse ambiente que, muda
continuamente os desafias. Depois da ação do tempo a ainda a seleção natural,
ao qual favorece a sobrevivência do mais adequado.
Na
sociedade, Spencer reconhece na consciência humana elemento a priori, no
sentido de que são independentes da experiência singular e temporal do
indivíduo. Para Spencer aquilo que é a
priori para o individuo é aposteriori para a espécie, “no sentido de que
determinados comportamentos intelectuais uniformes e constantes são produtos da
experiência acumulada da espécie no seu desenvolvimento, que é transmitido por
hereditariedade na estrutura orgânica do sistema nervoso.”[22]
Spencer ima sociologia orientado para a defesa do
indivíduo. Onde a sociedade existe para os indivíduos e não vise-versa e que o
desenvolvimento da sociedade é determinada pela realização dos indivíduos.
Conseqüentemente ele olha desconfiado para a intervenção do estado.
No campo da ética, a mesma deve ser um
instrumento para sempre de melhor adaptação do homem às condições de vida. “E a
evolução, acumulado e transmitindo por hereditariedade experiências e esquemas
de comportamento, fornece ao individuo a priori morais que, precisamente, são a
priori para o comportamentos essenciais para sobrevivência da espécie.”[23]
[1] Pág 296
CONTE
[2] 97
[3] 98
[4] 99
[5] 00
[6] ter o
conhecimento dos fatos sociais e políticos
[7] 301
[8] 304
[9] 304
[10] 307
[11] Idem,
p. 313
[12] Idem.
p. 319
[13] Idem.p.
319
[14] Idem,
p. 322
[15] Idem,
p. 324
[16] Idem,
p.325
[17] mostra
mútua dependência
[18] enigma
[19] Idem.
p. 326
[20] Idem,
p. 330
[21] Idem,
p. 330
[22] Idem,
p. 331
[23] Idem,
p. 332
Nenhum comentário:
Postar um comentário