quinta-feira, 13 de junho de 2013

LINEAMENTOS GERAIS


            O positivismo que expande-se por toda a Europa, dominando boa parte da cultura local. Foi uma época de paz substancial e ao mesmo tempo uma época de expansão colonial pela Ásia e pela África. E com isso a Europa consumou sua transformação industrial. As cidades se multiplicaram, quebrando o equilíbrio entre o campo e a cidade. A medicina achou a cura a varias doenças infecciosas. A revolução industrial mudou radicalmente o modo de vida da Europa.
            A ciência se entrelaçou com a revolução industrial, dando a tecnologia as industrias e essas aumentava a produtividade. “Substancial estabelecida política, o processo de industrialização e o desenvolvimento da ciência e da tecnologia constituem os pilares do meio sociocultural que o positivismo interpreta,m exalta e favorece.[1]
            Os grandes males da sociedade não tardarão para aparecer, como os desequilíbrios sociais. Mais se acreditava que, com o crescimento do saber, este que deve-se desenvolvido desde a educação popular,  tais males seriam eliminados.
  • O positivismo situa-se em transições culturais diferentes: Na França inseriu-se no racionalismo; na Inglaterra se desenvolveu-se inserindo-se na tradição empirista e utilitarista; na Alemanha assume a forma de cientificismo e de monismo materialista; na Itália aprofunda suas raízes no naturalismo renascentista. Mais detalhes, destes itens após os pontos em comuns. Apesar de tais diversidades o positivismo apresenta traços comuns. Segue alguns de traços a baixos:
  • Diversamente do idealismo; nos conhecemos aquilo que as ciências nos dão a conhecer.
  • O método das ciências naturais; o único método de conhecimento. E se estuda a natureza e a sociedade.
  • Ciência dos fatos naturais; que estuda a sociedade e esta que vem a ser as relações humanas e sociais e portanto a sociologia passa a ser fruto qualificado do programa filosófico positivista.
  • O positivismo coloca a ciência, a longo tempo, como o único meio de se resolver todos os problemas, sendo humanos ou sociais. Afirma a unidade do método científico.
  • Era que perpassa o otimismo geral; brota a certeza de um progresso incontível, rumo ao bem-estar da sociedade repleta de solidariedade humana.
  • Concepção leiga que poderia-se conhecer tudo, sem as teorias teológicas.
  • O positivismo combateu as concepções idealista e espiritualista.
 


2. POSITIVISMO NA FRANÇA
2.1  ALGUSTE CONTE
Nascido em Montpellier, na França em 1791. Eminentemente católico e monárquica. Aluno da famosa escola de Polytechnique, foi secretário de Saint Simon. Versado em matemática e foi professor na Polytechnique. Faleceu em 1857 em Paris. Principais obras; 1824 Sistema de Política, em 1830 Curso de Filosofia Positiva e em 1852 Catecismo positivista. É o iniciador do positivismo francês, o pai oficial da sociologia e em certos aspectos, o expoente mais representativo do positivismo.
Alguste Conte teve duas fases a primeira até 1850 com a obra do curso de filosofia positiva, a fase do racionalismo e após isso a fase mística, que se deu com a obra o catecismo positivista. O positivismo filosófico tem como hipótese fundamental, a evolução da sociedade é similar a evolução do ser humano. Conte coloca a evolução humana em três estados.

2.1.1 A lei dos três estados.

Esta lei é o conceito-chave da filosofia de Conte. A lei se da ao conjunto de evolução do humana, individual ou coletiva. A humanidade passa por três estágios, são: A teologia, a metafísica e o positivismo. 
Estado teológico ou fictício; todo homem é teológico na infância. Atribuem deuses a tudo, esta voltado a religião aos mitos. Esse é o ponto de partida necessário para o ser humano. “Os fenômenos são vistos como produtos da ação direta e continua de agentes sobrenaturais mais ou menos numerosos.”[2]
Estado metafísico ou abstrato; é o estado da adolescência do ser humano.  Entra o papel da filosofia, a razão. Uma etapa de transição. “São explicadas em função de essências, idéias ou forças abstratas(os corpos se uniram graças à simpatia, as plantas cresceriam em virtude da presença da alma vegetativa).”[3]
Estado cientifico ou positivo; estado da maturidade do homem. Um estado fixo e definido. Aa ciência é a explicação valida e legitima. Só se aceita como verdade aquilo que se pode comprovar cientificamente. “Estado positivo que o espírito humano, reconhecendo a impossibilidade de obter conhecimentos absolutos, renuncia a perguntar-se que é a sua origem, qual o destino do universo e quais as causas íntimas dos fenômenos para procurar somente descobrir, como o uso bem combinado do racionalismo e da observação, as suas leis afetivas, isto é, as suas relações invariáveis de sucessão e semelhança.”[4]

2.1.2. A doutrina da ciência

Estaremos entrando na filosofia positivista, em seu estado cientifico. E  este filosofia positivista “deve submeter a sociedade rigorosa pesquisa cientifica, já que somente uma sociedade cientifica pode ser considerado como a única base sólida para a reorganização social, que deve encerrar o estado de crise em que se encontra há longo tempo as nações mais civilizadas.”[5]            
A ciência não deve fornecer ao homem o domínio sobre a natureza. Conte vê como algo urgente o desenvolvimento da “física social”[6], uma sociologia cientifica. Sabendo que o objetivo da ciência em Conte vem a ser a pesquisa das leis, porque para ele só o conhecimento das leis dos fenômenos, cuja o resultado constante é de fazer com que possamos prever e portanto sabendo da previsão posamos modifica-los em nosso beneficio.

2.1.3. A sociologia como físico

Para obtermos uma ordem social, para impedir a crise da sociedade é preciso o saber. E este conhecimento é feito de leis provado com base dos fatos. E temos agora de descobrir essas leis. Abandonar as realidades metafísicas e ir atrás da realidade observada. “É na previsibilidade racional do desenvolvimento futuro da convivência social que se pode resumir o espírito fundamental da política positiva.”[7]          
Portanto é possível estabelecer as leis dos fenômenos sociais, isto através do raciocínio e da observação. Conte divide a sociedade em estática social e dinâmica social.
Estática social; que vem estudar as condições de existências comuns a todas as sociedades em todos os tempos. Como, a sociabilidade em todos os tempos, o núcleo familiar e divisão de trabalho.tudo se conciliam. A lei fundamental desta estática á a conexão entre os diversos aspectos da vida social. Por exemplo a política não independente da economia e da cultura.
Dinâmica social; este já consiste no estudo das leis de desenvolvimento da sociedade. Sua lei fundamental consiste na lei dos três estágios. Onde a teologia, corresponde a supremacia do poder militar; a metafísica vem a ser a resolução; e o positivismo corresponde a sociedade industrial.
Alguns pontos decisivos da sociologia de Comte.
  • A estática social indaga sobre as condições da Ordem, enquanto a dinâmica estuda ao leis do progresso.
  • O progresso humano, em seu conjunto, sempre se concretizou seguindo etapas obrigatória, porque naturalmente necessário; a história da humanidade vai do estágio teológico ao estágio positivo; no entanto , Comte não desvaloriza o passado e a tradição em nome da exatidão do futuro.
  • A física social ou sociologia é fundamental para uma política racional. O problema atual, fala Comte, é que a política está na mão de quem nada entende do funcionamento da sociedade, como os literatos e os advogados.
Sendo que qualquer um pode conhecer o caminho das leis da sociedade. E isso se faz através da observação, o experimento e o método comparativo.  E mais o método histórico que constituem a única base fundamental sobre a qual  pode realmente se basear o sistema da lógica política. Porque jamais podemos mudar a sociedade a vontade, como se faz em outras áreas para descobrir o melhor fundamento.

2.1.4. A classificação das ciências

As ciências se classificam de acordo co o seus graus de hierarquização, ou seja, sendo que as mais complexas pressupõem as menos complexas. Indo em ordem decrescente de generalidade e crescente de complicação, portanto, indo da astronomia para a sociologia. Essa devem ser simultaneamente uma ordem lógica, histórica e pedagógica.
A ordem lógica é dado pelo critério da simplicidade do objeto. Seguem a ordem iniciando pelas ciências e caminha até a sociologia.
A ordem histórica é a passagem de cada uma das ciências ao estado positivo. Como a astronomia que saiu da metafísica.
A ordem pedagógica seria o fato que as ciências deveriam ser ensinadas na mesma ordem de gênese histórica.
Mesmo seguindo uma ordem hierárquica não significa que as ciências superiores sejam redutivos às inferiores. E sim cada qual tem sua autonomia.por exemplo a sociologia não pode se reduzir à biologia.
A filosofia entre no meio de toda esta história como a metodologia das ciências, o “espírito de cada uma delas, no descobrir as sua relações e conexões e no resumir, se for possível, todos os seus princípios próprios em número de princípios comuns, em conformidade com o método positivista.”[8]
O problema é que as idéias de simplicidade e complexidade do objeto são relativas aos critérios adotados, não são atributos absolutos dos abjetos.
  
2.1.5. A religião da humanidade

A religião da humanidade deve regenerar(dar nova existência) a sociedade com base  no conhecimento das leis sociais . a humanidade aqui está acima do individuo, é aquela que transcende os indivíduos.
Conte, fascinado pelo cristianismo, coloca que a religião deve ser a cópia do sistema eclesiástico. E os dogmas já estão prontos, são a filosofia positivista e as leis cientificas. Sabendo que a mulher deve ser o nosso anjo da guarda, é a nossa protetora e fonte da vida sentimental da humanidade. Sabendo que nesta sociedade o divorcio não será permitido e os jovens deverão se submeter aos anciões.     
“A humanidade é o “Grade Ser”, o espaço, o grande Ambiente e a terra a Grande Fetiche esta é a trindade da religião positivista.”[9]
página 305 306

2.2 Claude Bernard e o nascimento da medicina experimental

Claude Bernard nasceu em 1813 e com 65 anos faleceu. Ele descobriu a função glicogenia do fígado, apresentou uma profunda reflexão sobre  a lógica da ciência. Foi determinista e ficou famoso com a publicação do livro “introdução ao estudo da medicina experimental”. Onde trata do método da observação e da experimentação.
Sabendo que o experimento sempre pressupõem alguma coisa a experimentar, e esse alguma coisa são as hipóteses. “O método experimental, ao invés, tende a transformar as idéias a priori , baseada em simples intuição ou em conhecimento experimental dos fenômenos.”[10]
Bernard coloca que o homem é fantasioso e cheio de orgulho por sua própria natureza, por isso, passou a acreditar que os concepções ideais de sua mente, que só correspondiam aos seus sentimentos, representavam também a realidade. E entra com o método experimental.
            O método experimental vem a ser a imposição de uma disciplina à fantasia, já que a mesma por si só não bastava para compreender o mundo. Uma disciplina  voltado para a eliminação daquelas hipóteses incapazes de descrever, explicar ou prever algum aspecto do mundo real. E a ciência é fruto desse disciplinar.
            A idéia experimental é uma idéia a priori, que se apresenta na forma de hipótese. Sua validade se julga submetendo suas deduções ao critério experimental.  



3. O positivismo utilitarista inglês


Foi um movimento filosófico herdeiro das teses e da atitude dos iluministas. Constituiu a primeira manifestação do positivismo social na Inglaterra. Os representantes mais importantes do utilitarismo vem ser o Jeremiah Bentham, James Mill e seu filho John Stuart Mill, se levanta também Adam Smith e David Ricardo por delinear idéias econômicas e sociais da Inglaterra. Veremos inicialmente Thomas Robert Malthus.
 
3.1Os problemas de Malthus

            Thomas Robert Malthus nasceu em 1766 e veio falecer em 1834. publicou em 1798 ensaio sobre a população. E nesses ensaios ele parte de dois postulados inegáveis sobre a população.
            O primeiro é que o alimento é necessário à vida humana. E vem afirmar que o crescimento da população humana é infinitamente maior do que o poder que a terá possui de produzir os meios subsistências necessários ao homem. Antes e ainda a lei da natureza que controla o equilíbrio, que domina os animais dentro de seus limites. Tudo muito bem definido. Já ao homem entra outra parte.
            Ao homem o que o vem controla-lo é algo mais trágico. Esse controle se dá por amargos ingredientes que vem a ser pelo vício e pela miséria. Entra aqui o segundo item. Onde se coloca que a atração entre dois corpos, o sexo são indispensáveis a vida humana. Mais tem de haver um meio para se controlar a vida humana. Uma medida que consiste em impedir o aumento excessivo da população. Ou melhor, uma medida que não venha a ser nem a miséria e nem o vício.
            Malthus propõem abstendo-se do matrimônio por motivos de prudência e com conduta estritamente. Precisamente se privar do matrimônio, mais é algo que quase não se aceita mais, não venha a ser a mais valida.       
    

 3.2A economia clássica


3.2.1Adam Smith

            Adam Smith (1723-1790), pesquisou sobre a natureza e as causas da riqueza das nações. Smith sustenta que;
1) só é produtivo o trabalho manual, que cria bens materiais que têm valor objetivo em troca ;
2)os cientistas, os políticos, os professores, em suma todos os produtores de bens imateriais contribuem só indiretamente para a formação da riqueza nacional. Por isso quanto mais gente trabalhando maior será a riqueza nacional.
3)alcança-se  ápice da sabedoria quando o estado, deixando cada indivíduo livre para alcançar o máximo de bem-estar pessoal, assegurar automaticamente o máximo bem-estar pessoal, assegurar automaticamente o máximo bem estar o todos os indivíduos. Existe uma harmonia natural no sentido de que a conseqüência não intencional do egoísmo de cada um é o bem-estar de todos.

3.2.2. David Ricardo

Assim como Smith, ele também sustenta que o valor de um bem é igual o trabalho realizado para produzi-lo. E sabe que, para se obter um bom preso dos produtos deve se alcançar o livre mercado. Sem intercambio dentro e nem entres as nações. Portanto o valor da mercadoria é dado pelo trabalho necessário para produzi-la. 
  Com o aumento da população surgiu a escassez da terra e quem tinha acima do limite, implantou a renda fundiária. O que para ele não se poderia cobrar. Mais ainda muitos foram trabalhar em lugares longes e menos férteis e portanto mais trabalho, seguindo o encarecimento do produto. O problema é que o dos terrenos mais férteis são melhores e mais baratos, portanto, tornando esses proprietários mais ricos.
Sendo assim quem trabalha não recebe o valor de seu trabalho, enquanto outros enriquece . surgi a partir disso um sistema anti-social. Abre-se mais uma brecha no edifício da ordem social.

3.3. Robert Owen: do utilitarismo ao socialismo utópico

Robert Owen (1771-1858), tinha a confiança de mudar os homens através da melhoria das condições de vida por meio da educação. E começou por ele mesmo, logo era proprietário de uma industria e daí iniciou o que pensava. Pagava aos funcionários bons salários e tinha boas instalações de escolas.
Os operários mostravam-se cheio de entusiasmo o convencendo cada vez mais de suas idéias. Tentou mudar nas demais fabricas, mais não conseguiu o mundo estava muito voltado para o lucro. Owen elaborou o socialismo com idéias utópicas mais tarde, onde trabalhavam todos em comum. Mais não agradou os demais filósofos, empreendedores e economistas.

3.4. o utilitarismo de Jeremiah Bentham
           
            Jeremiah Bentham (1748-1832), é o fundador do utilitarismo. “Uma idéia importante dele é de que as leis na são dadas uma vez por todas, sendo modificáveis e aperfeiçoáveis. Conseqüentemente é preciso trabalhar continuamente por uma legislação em condições de promover a máxima felicidade para o maior numero possível de pessoas.”[11]
Já na moral utilitarista ele sustentava os únicos fatos verdadeiros são o prazer e a dor.
Já sobre o legislador tem que encontrar a harmonia entre o privado, o particular com o público. E a lei penal serve como meio para se conseguir essa harmonia. Mais mesmo assim era quase em sua totalidade contra a pena de morte.

3.5. O utilitarismo de James Mill

James Mill (1773-1836), autor de Análise dos fenômenos da mente humana, de uma História das Índias Britânicas e de elementos de economia. Por mérito seu o positivismo não assumiu na Inglaterra as características de concepção autoritária. Obteve influencia dos estóicos, epicuristas e cínicas.
É o fundador da ciência do espírito. E mais os fatos da mente são as sensações, das quais as idéias representam cópias. Sendo que a lei que regula a vida das sensações e das idéias é a da contigüidade (vizinhança, junto, próximo) no espaço e no tempo. Além de estar muito próxima também não é possível pensar numa sem a outra. Essa associação vai ser usada também no capo da moral, como por exemplo na idéia de prazer excitará a idéia da ação que é a sua causa.
E mais acreditava que a razão, com a onipotência da educação poderiam superar a política. E obter assim a felicidade plena.

 3.6. John Stuart Mill

O mesmo era filho de James Mill. Nascido em 1806 e em 1873 veio a falecer. Acreditava de inicio que seria um reformador do mundo mais com o decorrer do tempo “caio do cavalo”. Caído em depressão.
Neste momento da vida começou a se questionar e ver que se todos os objetos de sua vida se realizassem não seria a felicidade. E sim que os prazeres da vida, são o suficiente para fazer da felicidade uma coisa agradável quando colhidas de passagem sem concedera-las como objetos principais.
“Stuart Mill trabalhou com muita intensidade, dentro da tradição empirista, associacionista e utilitarista, construindo um conjunto de teorias lógicas e ético-políticas.”[12]

3.6.1Critica a teoria do silogismo

“A lógica é a ciência da prova, isto é, da inferência(dedução/ conseqüência) correta de proporção de outras proposições. Toda resposta a qualquer questão formulável deve estar contida em uma proposição ou afirmativa. Toda verdade e todo erro residem na proposição.”[13]
Mas as argumentações são cadeias de proposições, que deveriam levar a conclusões verdadeiras se as premissas são verdadeiras. E o silogismo foi considerado como tipo de argumentação válida.
Mais qual é o valor do silogismo? Pergunta Mill. Usando um exemplo, para esclarecer melhor. Todos os homens são mortais. O Rodrigo é um homem, portanto ele é mortal. Mas o problema é como sabemos que todos os homens são mortais? Sabemos por que vimos a morte de André, Pedro,... Portanto é da experiência que atraímos a verdade das proposições.
E mais ele coloca que o silogismo não acrescenta nada mais ao meu conhecimento ao dizer Rodrigo é mortal, já incluem que todos os homens são mortais.

3.6.2. As ciências morais, a economia e a política

No campo da moral, Mill reafirma a liberdade do querer humano. De querermos agir sobre as causas da própria ação, como agimos sobre as causas dos processos naturais sabemos que não somos impedidos de obedece por algum motivo, mais as vezes sentimos a necessidade de resistir ao motivo.
Já na economia ele coloca que deve ter leis de distribuição de riqueza. “Mas estas leis dependem da vontade humana, portanto, do direito e do costume. A distribuição é obra e exclusiva do homem, e pode pô-las à disposição de quem quiser e nas condições que mais lhe convenha.”[14]
A política vem para melhorar as condições dos trabalhadores. Mill defende a teoria da independência segundo o qual o bem-estar do povo deve ser fruto da justiça e do auto-governo. As classes dos trabalhadores devem tomar as providências para a melhoria de sua própria posição. Ele também defende uma democracia representativa onde todos devem ser representados.
            Sobre o socialismo, ele tem questiona sobre o mesmo, se não põem em risco a liberdade humana. O que impede o mesmo de aderir ao socialismo.

            A defesa da liberdade do indivíduo

            “À liberdade individual e dedicado o ensaio Sobre a Liberdade, fruto da colaboração da mulher. O núcleo teórico do trabalho está em reafirmar “a importância, para o homem e a sociedade, de ampla variedade de características e de completa liberdade da natureza humana a expandir-se em direção enumeráveis e contrastantes.””[15]
            A liberdade deve ser protegida contra a tirania da opinião e do sentimento predominante, contra a tendência da sociedade. Nem que para isso se usa penalidades civis.
            O que Mill defende é o direito do indivíduo a viver como lhe aprouver: “Cada qual é o guardião único de sua saúde, seja corporal, mental e espiritual.”[16] Naturalmente a liberdade de cada individuo acaba quando inicia a do outro. A idéia de Mill é a maior liberdade para cada individuo, pára o bem-estar de todos.

4. O POSITIVISMO EVOLUCIONISTA DE HERBERT SPENCER 

4.1 Religião e ciência são “correlatas”[17]

            Em 1860 Spencer anuncio o projeto de Sistema de filosofia que deveria abranger todo o cognoscível. Em seus primeiros princípios, já inicia tratando da complexa e delicada questão das relações entre religião e ciência. Onde a religião se eleva o mérito de ter entrevisto desde o inicio a última verdade e nunca ter deixado de insistir nela, mais também é verdade que foi a ciência que ajudou ou forçou a religião a se purificar do seus elementos não-religiosos, como os elementos animistas e mágicos.
            Spencer sustenta que a realidade última é “incognoscível”[18] e que o  universo é mistério. E isso é afirmado pela religião e pela ciência. “A explicação daquilo é explicável nada mais mostra, com a maior clareza, do que a inexplicabilidade daquilo que permanece. Tanto do mundo externo como do mundo interno.”[19]
            O mundo continua sendo um mistério para os dois. Por maior que seja o progresso feito na vinculação dos fatos e na formação de generalidade dos fatos, a verdade fundamental vai continuar inacessível.

4.2 A evolução do universo: do homogêneo ao heterogêneas

            para Spencer as verdades cientifica, ampliam e aperfeiçoas o conhecimento. Entretanto elas existes separadas, até quando a processo continuo de agrupação. E a filosofia para ele é o conhecimento totalmente agrupado. É o processo de unificação do conhecimento. Enquanto a ciência é parcialmente unificado.
            Spencer foi quem introduziu o termo evolução. Que é a passagem de uma forma menos coerente a uma forma mais coerente, é a passagem do homogêneo para o heterogêneo, é a passagem do indefinido ao definido.
            “Spencer define evolução: A evolução é a interação de matéria acompanhada da dispersão de movimento, em que a matéria parra de homogeneidade indefinida e incoerente a heterogeneidade definida e coerente, ao passo que o movimento contido sofre transformação paralela.”[20]

4.3 Biologia, ética e sociedade

            “A evolução do universo é processo necessário. O ponto de partida da evolução é a homogeneidade, que é o estado instável. E em todos os casos encontramos progresso em direção ao equilíbrio. No que se refere ao homem, a evolução só pode terminar com o estabelecimento da maior perfeição e da mais completa felicidade.”[21]    
            biologia, aqui Spencer sustenta que a vida consiste na adaptação dos organismos ao ambiente,desde a comida até mesmo os órgãos dos corpos. Esse ambiente que, muda continuamente os desafias. Depois da ação do tempo a ainda a seleção natural, ao qual favorece a sobrevivência do mais adequado.
            Na sociedade, Spencer reconhece na consciência humana elemento a priori, no sentido de que são independentes da experiência singular e temporal do indivíduo. Para  Spencer aquilo que é a priori para o individuo é aposteriori para a espécie, “no sentido de que determinados comportamentos intelectuais uniformes e constantes são produtos da experiência acumulada da espécie no seu desenvolvimento, que é transmitido por hereditariedade na estrutura orgânica do sistema nervoso.”[22]   
Spencer ima sociologia orientado para a defesa do indivíduo. Onde a sociedade existe para os indivíduos e não vise-versa e que o desenvolvimento da sociedade é determinada pela realização dos indivíduos. Conseqüentemente ele olha desconfiado para a intervenção do estado.
No campo da ética, a mesma deve ser um instrumento para sempre de melhor adaptação do homem às condições de vida. “E a evolução, acumulado e transmitindo por hereditariedade experiências e esquemas de comportamento, fornece ao individuo a priori morais que, precisamente, são a priori para o comportamentos essenciais para sobrevivência da espécie.”[23]


[1] Pág 296 CONTE
[2] 97
[3] 98
[4] 99
[5] 00
[6] ter o conhecimento dos fatos sociais e políticos
[7] 301
[8] 304
[9] 304
[10] 307
[11] Idem, p. 313
[12] Idem. p. 319 
[13] Idem.p. 319
[14] Idem, p. 322
[15] Idem, p. 324
[16] Idem, p.325
[17] mostra mútua dependência
[18] enigma
[19] Idem. p. 326
[20] Idem, p. 330
[21] Idem, p. 330
[22] Idem, p. 331
[23] Idem, p. 332

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