O Pragmatismo constitui uma escola de filosofia ou melhor a um grupo de correntes filosóficas,
com origens nos Estados Unidos da América mas com repercussão em outros paises.
Caracterizada pela descrença no fatalismo, e a certeza de que só a ação humana,
movida pela inteligência e pela energia, pode alterar os limites da condição
humana. Este paradigma filosófico caracteriza-se, pois, pela ênfase dada às
conseqüências, utilidade e sentido prático como componentes vitais da verdade.
O pragmatismo refuta a perspectiva de que o intelecto e os conceitos humanos
podem, só por si, representar adequadamente a realidade. Desta forma, opõe-se
tanto às correntes formalistas como às correntes racionalistas da filosofia. O
pragmatismo defende, pelo contrário, que as teorias e o conhecimento só
adquirem significado através da luta de organismos inteligentes com o seu meio.
Não defende, no entanto, que é verdade meramente aquilo que é prático ou útil
ou que nos ajude a sobreviver a curto prazo. Os pragmatistas argumentam que se
deve considerar como verdadeiro aquilo que mais contribui para o bem estar da
humanidade em geral, tomando como referência o mais longo prazo possível.
Nitzsche, por exemplo, foi reconhecido por muitos como tendo uma
postura pragmática no campo da teoria do conhecimento. Algumas das "teses
contra Feuerbach", de Marx, mostraram uma face pragmatista quanto à
questão de critérios de verdade. Wittgenstein este próximo de posições
pragmatistas em vários momentos, se é que não adotou algumas.
Atualmente,Habermas tem se voltado para Peirce e Dewey, os pioneiros norte
americanos do pragmatismo, e Derrida, por sua vez, é hoje um interlocutor do
pragmatismo, a quem responde de modo provocante. Nesse sentido, o pragmatismo é
uma filosofia viva.
O professor norte americano John Murphy contou três fases para o
pragmatismoEm um primeiro momento, que vai de meados do século XIX até as duas
primeiras décadas do século XX, a fase dos "pioneiros"". A época
de Charles Peirce, William James e John Dewey. Em segundo lugar, o casamento do
pragmatismo com a filosofia vinda da Europa (os refugiados do nazismo, isto é,
os membros do Círculo de Viena que aportaram nos Estados Unidos e que
praticamente dominaram uma boa parte dos departamentos de filosofia
norte-americanos). Deste casamento surgiu uma legião de filósofos dentro da
comunidade de língua inglesa, principalmente nos Estados Unidos, entre eles os
nomes célebres de Willard Quine após a Segunda Guerra Mundial e, nos últimos
quarenta anos, o nome de Donald Davidson. Em terceiro lugar o "boom"
do pragmatismo na década de oitenta e noventa a volta do pragmatismo como uma
corrente apta a enfrentar os mais variados campos de discussão. Como a filosofia da mente, lógica, filosofia da
linguagem e epistemologia, filosofia social e política, filosofia da educação,
entre outras.
Uma preocupação do pragmatismo é a verdade.
O método pragmático é tentar interpretar cada noção traçando a suas
conseqüências práticas respectivas.
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