Muitos querem um poder semelhante ao de Deus descrito nas Escrituras do Novo e do Antigo Testamento, no Alcorão e na Tora. Querem ser eternos e imortais. Entretanto, jamais analisaram que a eternidade pode gerar um gravíssimo e insuportável transtorno psíquico.
Inúmeros presidiários planejam sua fuga a vida toda. Querem escapar da angustia gerada pela solidão. Desejam esmagar a rotina existencial e ter um lugar ao sol onde possam sonhar, oxigenar sua emoção e irrigar a sua liberdade.
Usando esse exemplo, podemos inferir que, se a mortalidade não fosse acompanhada de um processo riquíssimo de superação da solidão, ela poderia ser mais sufocante do que a mais deprimente cela carcerária. Seria uma prisão eterna, capaz de gerar a mais grave e crônica depressão.
Quem supera tanta a solidão intrapsíquica quanto à solidão social, vive uma existência riquíssima e desenvolve uma personalidade saturada de prazer e inventividade
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