quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Deus ou o nome que se queira dar a Ele tem de aparecer.

Somos uma partícula que surge na arena da existência e logo desaparece. Apesar da pequenez do ser humano, nosso pensamento caminha na esfera da imaginação mais rápida do que a luz, e é mais fértil do que o solo mais rico.
Blaise Pascal nos fala; “Quando considero a brevidade da minha vida, engolida pela eternidade antes e depois, o pequeno espaço que preencho e que sou capaz de enxergar, tragado na imensidão infinita de espaços sobre os quais sou ignorante, e que não me conhecem, fico assustado e atônito por estar aqui... quem me colocou aqui? Por ordem e instrução de quem este tempo e lugar me foram colocados?”
Pois bem, algo é certo, choramos ao nascer, sem compreender o mundo em que entramos. Morremos em silêncio, sem entender o mundo de que saímos.
Quem será que nos colocou no anfiteatro da existência, para saborear a vida e depois de alguns momentos nos fazer despedir dela como névoa que se dissipa ao calor do sol, como a escuridão que se some com o aparecimentos dos primeiros raios de luz?
E as coisas de onde vieram? Antes da existência do mundo, de qualquer ser, de microorganismo, galáxias, planetas, estrelas, átomos ou partículas atômicas, havia o “nada”, o vácuo existencial? “No princípio era o nada e o nada gerou todas as coisas.”
O nada pode gerar todas as coisas? O nada jamais poderá ser despertado do sono da irrealidade, pois vive pesadelo eterno da inexistência. Nem o vácuo existencial pode ser assombrado pelo pesadelo da realidade e assumir o status dos fenômenos reais, pois é eternamente estéril. O nada e o vácuo existencial não são criativos. Só a existência pode gerar a existência.
Tal abordagem leva a uma grande tese filosófica: Deus não é uma hipótese da fé, mas uma verdade cientifica. Se eliminarmos Deus do processo criativo, eliminamos a própria existência, retornamos ao vácuo completo, imergimos na esterilidade tirânica do nada.
Pode-se usar qualquer teoria para explicar o mundo e a natureza – do big-bang à teoria da evolução biológica, mas nenhuma delas pode incluir o “nada” ou o vácuo “existencial” na origem.
Em algum momento da cadeia de indagações, Deus ou o nome que se queira dar a Ele tem de aparecer.

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