segunda-feira, 10 de junho de 2013

O NEOTOMISMO E A SUA ORIGEM O termo neo-tomismo serve para referir-se como uma das correntes especificas da neo-escolastica. Neo-escolastica é o renascimento do pensamento catółico tradicional e neo-tomismo, o renascimento do pensamento de Tomas de Aquino. O tomismo foi recomendado pela Igreja Catółica (pelo Papa Leão XIII. A neo-escolastica ou o neo-tomismo constituem, mesmo hoje, comumente grandę parte da filosofia da Igreja Catółica.. Contudo, não devemos aplicar o termo filosofia cristã como sinônimo de neo-escolastica. Sendo que entre os neo-tomistas tem-se numerosos pensadores de valor fora do catolicismo . Após a publicação da encíclica papal Aeterm Patris, segui-se um florescimento de iniciativas tomisticas: a edição critica das obras de Tomas, a sua tradução em quase todas as línguas, a fundação de universidade e de centros de estudo do pensamento de Aquino.O termo neo-tomismo serve para referir-se como uma das correntes especificas da neo-escolastica. Neo-escolastica é o renascimento do pensamento catółico tradicional e neo-tomismo, o renascimento do pensamento de Tomas de Aquino. Alguns consideram que o fundador do neotomismo foi Balnes, outros foram os pensadores em torno da Civilta Católica. É bem possível que houve movimentos neotomistas em vários países europeus no final do séc. XIII e Início do séc. XIX. Estes ligados muitas vezes à luta contra o idealismo, o sensualismo e outras correntes. Bastante provável que o primeiro movimento neotomista tenha surgido na Itália, sendo que se têm duas opiniões: A primeira defendida por Amato Masnovo, diz ele que o neotomismo italiano surgiu com Vincenzo Buzzetti. A segunda defendida por Giovanni Felice Rossi, afirma que o neotomismo surgiu com o Collegio Alberoni, de Piacenza. Ouve então as chamadas “revivências neotomistas”, sendo começado pelo grupo de filósofos que publicou em 1850 a revista Civilta Católica. Mas a definitiva “revivências neotomistas ”, foi com a recém inaugurada encíclica Aeterni Patris de Leão XIII em 1879, onde se reflete a importância do pensamento católico, trazendo em pauta todo o estudo de São Tomás de Aquino, principalmente a obra Divus. Embora não se excluíssem outras vias esta é a central. Essa importância aumentou quando se criaram em diversos lugares centros de difusão e irradiação da doutrina que se somaram a outras existentes, sendo que a maior parte das universidades católicas, espalhadas pela Europa e América podem ser consideradas centros de difusão do neotomismo e sociedades neotomistas. Dentro do neotomismo ouve várias discussões acerca da constituição da parte central, tendo como um grande problema as “ teses tomistas”. A NEO-ESCOLÁSTICA E SUA ORIGEM Fatores propícios certamente houve para que a retomada da antiga escolástica ocorresse no curso do século dezenove, e a fizessem entrar século vinte a dentro com uma vasta literatura, tanto em línguas nacionais, como na latina. Estímulos os mais diversos possibilitaram este movimento de renovação. Houvera a escolástica desaparecido quase totalmente durante o século das luzes, como que ofuscada pelas novas filosofias racionalistas cartesianas e kantianas, bem como ainda pela prosperidade do empirismo. Os espiritualismos ecléticos do século XIX, de certo modo criaram o clima para a referida renovação da escolástica; paradoxalmente, estes mesmos ecletismos espiritualistas, ao se mostrarem inconsistentes, superaram-se a si mesmos em favor do escolasticismo. Houve ainda mais fatores a favorecer a renovação escolástica. Um destes outros fatores foi o crescente interesse pela história da filosofia, e com isso o interesse pela filosofia dos gregos, em especial de Aristóteles, de quem em parte a escolástica dependia. Até Kant inclusive, os filósofos não costumavam conhecer aprofundadamente a história da filosofia. A presença de Aristóteles continuou subtilmente ainda no pensamento contemporâneo. Sempre que algo de geral e absoluto é admitido, mesmo que seu nome não seja lembrado, encontra-se ele presente e atuante. Outro estímulo da renovação escolástica foi a persistência de uma velha e bruxoleante tradição, como já nos adiantamos em dizer, a qual conseguiu finalmente oportunidade para se renovar. Havia escolásticos remanescentes sobretudo na Europa Central, sob a influência do então vasto império católico da Áustria, cuja capital era então a maior cidade da Europa. Mas também os havia na Itália e Espanha. Um dos escolásticos remanescentes e que veio sendo lido através do tempo foi Sigismundo Storchenau(1751-1797, jesuíta austríaco, que publicou em Viena Institutiones logicae et metaphysicae. Eram textos lidos até mesmo no Brasil Império. Persistia a escolástica no século 18 sobretudo nas Ordens religiosas, por força do tradicionalismo que lhes é peculiar. Ainda foi decisivo para a renovação escolástica a alteração das circunstâncias político-religiosas após as guerras napoleônicas. Readquiriu a Igreja católica um relativo desenvolvimento. Criaram-se novas congregações religiosas, e a ordem dos jesuítas foi restabelecida em 1814. Teve andamento até um espírito apostólico renovador, em algumas regiões até com caráter extremista e fanático. A tendência fundamentalista do Concílio de Trento houvera sido retomada pelo Concílio Vaticano I (1870). Mas haveria de ser amenizado pelo Concílio Vaticano II (1963). De qualquer forma, esta situação exterior da Igreja, interessada no movimento de renovação escolástica, estimulou o movimento. Não sendo embora os jesuítas os principais renovadores, são os que participaram na Itália, de importantes lances do movimento. Finalmente, um seu aluno, que será Papa sob o nome Leão XIII, emitirá em 4 de agosto de 1879 a Carta Encíclica Aeterni Patris, que determinará o retorno aos pensadores escolásticos nos seminários e universidades católicas. E este retorno se faria sob a égide principal de Tomás de Aquino. Além dos comentaristas antigos reimpressos (Capréolo, Silvestre de Ferrara, Cajetano, João de Santo Tomás e outros), surgiram comentaristas modernos de Santo Tomás: Sattolli, Cardeal Billot, T. Pègues, L. Jansens, G. Matiussi, L. A. Paquet, H. Buonpensiere. Também se multiplicaram os cursos Ad mentem sancti Thomae. Os dominicanos praticaram um tomismo mais puro. Os jesuítas, com atenuantes, tal como ocorria com os seus grandes mestres do século 16. Suarez e Molina. Não deixaram os franciscanos de prestigiar a forma escolástica de Duns Scoto. Finalmente, o movimento de renovação escolástica representou também um cerrada crítica às filosofias modernas. Ainda que estas nem sempre se advertissem da força argumentativa dos seus adversários escolásticos, ou porque não conhecessem o seu latinório, ou porque fossem por demais convencidos de si mesmos, a crítica dos escolásticos foi o que historicamente mais valeu como aporte ao desenvolvimento.

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